Natal em Jerusalém tem celebração especial e contrastante
23/12/2025, 12:11:17Natal em Jerusalém, capital do Estado judeu
As festas mais luminosas do judaísmo e do cristianismo sempre acontecem na mesma época, no finalzinho do ano. De um lado há Chanucá, também chamada de Festa das Luzes, em que judeus acendem velinhas durante oito noites para lembrar a vitória judaica sobre o Império Helenístico no século 2 AC. Do outro há o Natal, que celebra o nascimento de Jesus em Belém. A cidade fica bem pertinho de Jerusalém, que igualmente se enche de decorações e eventos natalinos e “chanuquianos”(palavra feia que acabo de inventar). Esse mix religioso é uma coisa linda de se ver, e muitos israelenses visitam a cidade para apreciá-la iluminada e alegre. Não deixa de ser irônico perceber o quanto o Natal pode ser celebrado em Israel com tamanha liberdade, bem ao contrário do que está acontecendo em muitas cidades cristãs europeias. Justamente o país que é acusado, nestas mesmas cidades cristãs, de promover o apartheid. Hum, hum.
Natal europeu regado a terrorismo
Não é de hoje – e portanto não tem nenhuma ligação com a última guerra entre Gaza e Israel – que as feiras de Natal na Europa ocidental se tornaram palco de ataques terroristas. Como o que aconteceu em 2016 em Berlim, com 13 mortos, em Strasburg – também na Alemanha – em 2018, com 5 mortos, e Magdeburg, no ano passado, com 6 mortos. Uma mensagem bem pouco respeitosa de um público imigrante que faria bem em aceitar a religião e a cultura do local em que se estabeleceu. Nesta última semana, as polícias da Alemanha e da Polônia divulgaram ter evitado ataques de islamistas planejados para o Natal. Felizmente, esse não é o clima deste Natal em Jerusalém, e seria comovente se o mundo cristão pudesse reconhecer a dádiva que existe no fato de ser Israel, e não a Jordânia ou qualquer outra nação islâmica, quem detém o controle sobre ela. Porque no dia que isso acontecer, e esperamos que nunca aconteça, poderemos nos despedir das luzes que nestes dias estão deixando a mais linda das cidades ainda mais brilhante.
E ainda falando sobre Sydney...
Há de se comemorar as muitas manifestações de repúdio de todos os australianos em relação à política cega adotada por seu governo nos últimos dois anos, nos quais o ódio aos judeus e a Israel foi manifestado sem freios pelas ruas do país. É mais importante do que parece frisar que cidadãos nativos de todos os credos e grupos condenam a postura do primeiro-ministro Anthony Albanese, que não apenas assistiu calado às demonstrações racistas, atentados e ameaças à comunidade judaica nestes dois anos, como também uniu-se aos países que declararam apoiar a criação de um Estado para o povo palestino um ano após ele ter perpetrado um dos mais brutais atentados terroristas da história. Uma semana depois do atentado em Sydney, ocorrido no último domingo, Albanese finalmente visitou o local do ataque, na praia Bondi Beach. Foi recebido sob vaias e gritos de “vergonha”, merecidamente. Ele precisou de 15 vítimas fatais – entre elas líderes religiosos, um sobrevivente do Holocausto e uma menina de 10 anos – para entender que é preciso criar uma lei que impeça chamados violentos e racistas como “Globalizem a Intifada”. Foi tarde, mas que seja. E que sirva de exemplo a outros mandatários – como o do Brasil – que fingem não entender o que significa a violência por trás desse tipo de clamor. O resultado foi enxergá-la em ação em Sydney: o assassinato cruel e à luz do dia de pessoas cujo crime foi desejar iluminar suas vidas e o mundo com as velas de uma festa religiosa.