Verão terá temperaturas mais baixas que em 2025

Previsão do Verão no Hemisfério Sul

O verão inicia no Hemisfério Sul no domingo (21), às 12h03 (horário de Brasília), e as expectativas são de temperaturas elevadas, superando as médias da primavera em diversos locais. Entretanto, o calor não deverá atingir os índices recordes do verão de 2025, conforme afirmam os especialistas da Tempo OK.

Efeitos de La Niña e Chuvas Irregulares

A primavera deste ano apresentou chuvas abaixo da média em várias regiões, incluindo Sudeste, Centro-Oeste e parte do Nordeste. Assim, a previsão indica que as chuvas concentrem-se em áreas extremas do país. O norte do Amazonas e a Região Sul podem registrar precipitações acima da média.

Os meteorologistas destacam que o fenômeno La Niña, que resfria as águas do Pacífico, está perdendo força, o que resultará em um verão com chuvas irregulares e temperaturas elevadas, mas com um risco menor de recordes históricos. "Esperamos chuvas irregulares no centro-norte do país, com volumes acima da média apenas no extremo Norte. No Nordeste, as temperaturas estarão altas com chuvas abaixo da média", afirma Márcio Bueno, meteorologista da Tempo OK.

Desafios nas Precipitações e no Setor Elétrico

Na Região Sul, os sistemas meteorológicos enfrentarão dificuldades para avançar para o restante do Brasil. Entre janeiro e fevereiro, as chuvas podem variar de médias a superiores à média, enquanto março deverá apresentar quedas em seus volumes. No Sudeste, a previsão indica chuvas abaixo da média e aumento nas temperaturas durante toda a estação.

Além disso, uma previsão de verão seco pode afetar os reservatórios das usinas hidrelétricas, pressionando o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e impactando os valores nas contas de energia elétrica. As fontes eólica e solar tendem a ter um desempenho favorável nesse período.

Segundo o Balanço Energético Nacional 2025 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as fontes renováveis representaram 88,2% da matriz elétrica brasileira em 2024. A combinação de calor e chuvas irregulares exige um monitoramento contínuo e medidas preventivas no setor agrícola, além de um uso eficiente dos recursos energéticos.

"A capacidade de antecipação e adaptação será fundamental para reduzir riscos e mitigar impactos, garantindo decisões mais seguras e sustentáveis ao longo do verão", conclui o meteorologista.