Microsoft prevê altos custos para evolução da Inteligência Artificial

Microsoft e o Futuro da Inteligência Artificial

O CEO da Microsoft AI, Mustafa Suleyman, alertou que permanecer na liderança do setor de Inteligência Artificial (IA) poderá custar centenas de bilhões nos próximos cinco a dez anos. Durante uma aparição no podcast "Moonshots with Peter Diamandis", Suleyman enfatizou a importância de investir massivamente para competir na vanguarda da IA.

No podcast, Suleyman disse: "Estamos absolutamente pressionando para a vanguarda". Ele comparou a Microsoft a uma "moderna empresa de construção", onde centenas de milhares de trabalhadores estão envolvidos na construção de infraestrutura essencial para IA, como CPUs e aceleradores de IA. O investimento necessário é significativo, e Suleyman comentou que há uma vantagem estrutural em estar dentro de uma grande empresa.

A Microsoft, que possui uma capitalização de mercado de US$ 3,54 trilhões, reportou uma receita de US$ 77,7 bilhões no trimestre que terminou em setembro, superando as estimativas de analistas. Este sucesso financeiro, segundo Suleyman, possibilita um maior investimento em pesquisa e desenvolvimento, preparando a empresa para os desafios futuros no campo da IA.

Suleyman destacou sua missão de tornar a Microsoft "autossuficiente" no desenvolvimento de modelos de IA de ponta e construir uma equipe de superinteligência de classe mundial. Ele afirmou: "Queremos construir os melhores modelos de superinteligência e os mais seguros do mundo." Esse foco é parte da estratégia da Microsoft para criar uma "superinteligência humanista" que esteja alinhada com os interesses humanos.

Com os custos elevados associados ao avanço na IA, Suleyman expressou dúvidas sobre a capacidade das startups competirem com as grandes empresas de tecnologia. Ele mencionou: "A ambiguidade é o que está impulsionando a efervescência das avaliações". Para Suleyman, se ocorrer uma "explosão de inteligência", muitas empresas poderão alcançar esse patamar simultaneamente.

A Inteligência Artificial Geral (AGI), que se refere a sistemas de IA que podem igualar a inteligência humana em diversas tarefas, está sendo perseguida por várias grandes empresas do setor. Executivos como o CEO do Meta, Mark Zuckerberg, têm sido claros sobre os custos associados a essa busca. Em setembro, Zuckerberg afirmou que preferiria arriscar "gastar alguns bilhões a menos" do que ficar para trás na corrida pela superinteligência.

Com a competição acirrada e as expectativas de que a superinteligência possa surgir mais cedo do que o previsto, há um crescente investimento em centros de dados de IA. Nos últimos meses, gigantes da tecnologia, incluindo Microsoft, Meta, Google e Amazon, aumentaram os gastos com infraestrutura de computação em nuvem para treinar e executar modelos de ponta.