Borboleta cósmica revela novos detalhes da nebulosa

Borboleta cósmica revela novos detalhes da nebulosa

Um Registro Espetacular


Um telescópio no Chile registrou uma nova e impressionante imagem de uma "borboleta cósmica", uma estrutura rara ao redor de uma estrela. A foto foi divulgada na última semana pelo NoirLab, da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos. Em agosto, o Telescópio Espacial James Webb, da NASA, já havia revelado novos detalhes da Nebulosa da Borboleta, como é conhecido o conjunto astronômico NBC 6302.

O Que é a "Borboleta Cósmica"?


O registro foi feito no mês passado pelo telescópio Gemini South. Com formato de uma "borboleta cósmica", ela é chamada pelos astrônomos de Nebulosa Borboleta e fica entre 2,5 mil e 3,8 mil anos-luz da Terra, na constelação de Escorpião. Como comparação, um ano-luz equivale a cerca de aproximadamente 9,46 trilhões de quilômetros. No centro dessa nebulosa bipolar está uma estrela anã branca, que há muito tempo expulsou suas camadas externas de gás. Esse material forma as asas que lembram uma borboleta e brilham devido ao calor emitido pela estrela envelhecida, explica a agência AP News. A escolha do alvo para a observação foi feita por estudantes chilenos, em homenagem aos 25 anos de operação do Observatório Internacional Gemini.

Uma Estrutura Inédita


De acordo com a Agência Espacial Europeia, das espessas camadas de poeira que envolvem a estrela oculta no centro da nebulosa aos jatos que ela emite, as observações revelam novos detalhes e ajudam a traçar "um retrato inédito de uma nebulosa planetária dinâmica e cheia de estrutura". A Nebulosa da Borboleta é classificada como uma nebulosa bipolar, com dois lóbulos que se estendem em sentidos opostos e formam as "asas". No centro, uma faixa escura de gás e poeira funciona como o "corpo" da borboleta. A estrutura de poeira também pode explicar o formato que lembra um inseto, já que bloqueia a saída do gás em todas as direções e molda a aparência da nebulosa.

Observações Detalhadas


A imagem do Webb mostra com mais detalhes o centro da "borboleta cósmica" e seu anel de poeira, com uma nova visão de sua estrutura. O registro foi feito com o instrumento de infravermelho médio (MIRI), que funciona como câmera e espectrógrafo ao mesmo tempo, permitindo capturar vários comprimentos de onda e mostrar como o objeto muda em cada um deles. Os pesquisadores também combinaram esses dados com observações do conjunto de radiotelescópios ALMA.