Bolsonarismo enfrenta disputa interna antes das eleições de 2026

Bolsonarismo enfrenta disputa interna antes das eleições de 2026

Desdobramentos do Bolsonarismo em 2026

A menos de um ano das eleições de 2026, o bolsonarismo vive um processo interno de disputa pela liderança da direita. Enquanto parte tenta herdar o espaço político de Jair Bolsonaro, outra mantém fidelidade ao ex-presidente, preso e inelegível, para não perder apoio entre seus eleitores.

(FOLHAPRESS) - A menos de 11 meses das eleições de 2026, o bolsonarismo enfrenta uma tentativa velada de sucessão, onde alguns atores buscam assumir o protagonismo na direita, evitando o confronto direto que marcou a primeira geração de dissidentes, muitos dos quais se tornaram politicamente insignificantes após romperem com Jair Bolsonaro. A união do centrão - grupo de centro-direita e direita que controla o Congresso - e boa parte do empresariado e do mundo financeiro em torno do nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) é uma das faces mais visíveis desse redesenho. A primeira leva de dissidentes enfrentou Bolsonaro no poder, enquanto a segunda se beneficia da sua condenação e prisão.

Movimentos dos Filhos de Bolsonaro

Os filhos mais velhos de Bolsonaro, o senador Flávio, o deputado federal Eduardo e o vereador Carlos, todos do PL, tentam manter o bastão da direita nas mãos da família, passando a imagem de que o bolsonarismo possui dono e hierarquia. Flávio Bolsonaro, por exemplo, avançou nos movimentos para se lançar candidato à Presidência da República, enquanto Eduardo promove denúncias contra colegas governadores no centro da direita, como Tarcísio, alertando que, sem a figura de Jair Bolsonaro, será difícil encontrar um líder que una a base.

Críticas e Caciques Locais

Além do movimento em torno de Tarcísio, surgem críticas entre alguns no bolsonarismo, apontando que figuras como Nikolas Ferreira não utilizam seu prestígio para defender o ex-presidente e optam por desvincular-se dele em busca de manutenção eleitoral. Eduardo Bolsonaro acusou publicamente essas atitudes e destacou que "ao se retirar o Jair Bolsonaro da equação, não encontra-se um outro líder que aglutine todo mundo".

Estratégias dos Governadores de Direita

  • Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP): Nome preferido do centrão.
  • Ronaldo Caiado (União Brasil-GO): Procurando espaço político sem confrontar Bolsonaro.
  • Ratinho Jr. (PSD-PR): Também no jogo de sucessão.
  • Romeu Zema (Novo-MG): Em busca de consolidar sua posição.

Esses governadores tentam se viabilizar para a sucessão de Lula, evitando o choque frontal com Bolsonaro, o que tem gerado tensões no cenário político.

O Que Aconteceu com os Dissidentes?

A história já mostrou o destino de várias figuras que foram leais a Bolsonaro e posteriormente rompem com ele. Por exemplo, Joice Hasselmann, uma das líderes do governo no Congresso, viu seus votos despencarem depois de criticar abertamente o ex-presidente, enquanto sua trajetória política passou a ser marcada por grandes dificuldades.

O mesmo ocorreu com outros como Alexandre Frota e Janaína Paschoal, que após romperem com o bolsonarismo viram suas carreiras e reputações afetadas de maneira severa.

Conclusão

O futuro do bolsonarismo e da direita no Brasil é incerto e marcado por disputas internas. À medida que se aproximam as eleições, as tensões entre os aliados de Jair Bolsonaro e aqueles que aspiram a um novo espaço podem se intensificar. Portanto, a questão que permanece é: qual será o legado de Bolsonaro na política brasileira e quem tomará a dianteira na direita?

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