Direitos Humanos; quem antes debochava, hoje corre para os braços
13/11/2025, 09:25:29Bolsonaro se vê diante de um espelho de suas próprias palavras ao apelar, em um momento de vulnerabilidade, para os direitos humanos que tanto desdenhou durante seu mandato.
A lei do retorno, princípio que sugere que nossas ações e energias retornam para nós, seja de forma positiva ou negativa, tem se mostrado uma constante na política brasileira. Esse conceito, que na física se relaciona à terceira Lei de Newton — onde toda ação gera uma reação igual e oposta — ganha relevância ao analisarmos a trajetória de figuras públicas, especialmente quando suas posturas extremas colidem com as consequências de suas ações.
Um exemplo marcante é o de Bolsonaro, considerado o pior presidente da República desde a redemocratização. Essa análise não se baseia apenas em opiniões, mas em uma série de decisões e declarações que moldaram sua imagem política. Durante seu governo, Bolsonaro defendeu fervorosamente a ideia de que "bandido bom é bandido morto", desdenhando dos direitos humanos e promovendo uma agenda que frequentemente ignorava a dignidade e os direitos fundamentais do cidadão.
Hoje, Bolsonaro se encontra em uma situação paradoxal. Depois de uma série de escândalos, idas e vindas e um discurso que muitas vezes beirou o absurdo, ele recorre agora aos direitos humanos em uma tentativa de se proteger de condenações. É um movimento que soa hipócrita, especialmente para aqueles que acompanhavam sua trajetória e suas declarações desdenhosas. A imagem do "capitão" segurando um cartaz com a frase "direitos humanos, esterco da vagabundagem" tornou-se um símbolo do desprezo que ele demonstrou por esses princípios.
Agora, ao clamar por justiça e direitos humanos, Bolsonaro está diante da reação de suas próprias ações. O político, que uma vez se mostrou tão valente em suas convicções, agora aparece de forma covarde, pedindo clemência em um sistema que ele mesmo ajudou a desacreditar. Esse fenômeno não apenas reflete a lei do retorno em sua forma mais crua, mas também serve como um alerta sobre a importância da responsabilidade nas palavras e ações de líderes políticos.