As cinco citações de condenações do narcotraficante em pane seca

O mito dos “homens de bem”. Citações só expôs as cicatrizes perceptíveis dos citados. Pobre inteligência do protagonista do caos e dos seus aliados.

As cinco citações de condenações do narcotraficante em pane seca

Reza a lenda que, em uma pequena região, um narcotraficante de testa marcada — pelas “contas” que vivia denunciando ter, inclusive as colocadas pelo amigo de quem senta ao lado — costumava afirmar que existiam “cinco homens de bem” como referência moral, por processarem outras pessoas. Ledo engano.

Dos cinco citados como “homens de bem”, quatro são reconhecidos ladrões pelo que fizeram na vida pública. Um deles, inclusive, foi condenado pela Justiça sergipana, tornando-se inelegível.

Outros dois são conhecidos como “fura-pacotes” — denominação inspirada em um famoso ladrão dos anos 1960, em Maceió, que furtava até em supermercados, como o Bom Preço, abrindo pacotes dos clientes depois do caixa. Esses dois também deixaram rastros por onde passaram em cargos públicos: um deles com cinco passagens entre órgãos e campanhas políticas; o outro, na chamada Casa Santa, onde servidores o detestam pelo seu modus operandi e pela forma desumana com que os tratava.

Moradores da antiga Vila, de maneira silenciosa, testemunham com olhares discretos quando essa figura asquerosa de pele branca tenta humilhar não apenas pessoas, mas até o próprio ar — como se contaminasse o espaço, um gás nobre corrompido pela soberba.

Nas citações do narcotraficante, faltou incluir um togado do baixo clero que, ao se despedir da cena dos tantos crimes que cometeu, deixou um rastro de ações imorais e delituosas no uso da “caneta azul” — símbolo bíblico do alforge que carrega por onde passa, manchando o que toca.

A verdade é que essa tentativa do narcotraficante de se apresentar como alguém de valor, cercando-se de espécies iguais na área do crime, não passa de mais uma farsa mal contada.

Creditos: Professor Raul Rodrigues