Rio de Janeiro enfrenta crescente domínio do crime organizado
06/11/2025, 09:32:37O cenário atual das operações policiais no Rio
Em junho de 2025, a polícia do Rio de Janeiro, em especial o BOPE, realizou uma mega-operação no Complexo da Rocinha. Durante essa ação, 400 criminosos buscavam abrigo na mata próxima à favela. Embora o BOPE estivesse preparado para enfrentá-los, a decisão foi a de evitar um possível banho de sangue, resultando na fuga dos marginais. O episódio trouxe à tona uma estatística surpreendente: pelo menos 110 criminosos envolvidos eram do Comando Vermelho do Ceará, abrigados em mansões e alojamentos da área.
Operações de contenção em áres críticas
Já na Operação Contenção, que ocorreu nos Complexos da Penha e do Alemão, a abordagem da polícia fluminense foi diferente. A força policial planejou cada movimento com um mês de antecedência e invadiu as comunidades pela entrada principal. Isso forçou os criminosos a se refugiarem em uma região de mata, onde se depararam com o que ficou conhecido como “Muro do Bope”. Com poucas opções, muitos decidiram enfrentar a polícia, enquanto outros optaram pela rendição. No total, 100 indivíduos foram capturados, mas o desfecho foi trágico, resultando em 121 mortos.
O impacto da operação no crime organizado
De acordo com dados da Secretaria de Justiça do Rio de Janeiro, dos 121 mortos, 109 foram identificados. Desses, 78 tinham passagens pela polícia devido a crimes graves, 42 possuíam mandados de prisão. Este panorama ilustra a nova estratégia do Comando Vermelho, que agora funciona como uma verdadeira franquia do crime. Entre os identificados, um número alarmante de criminosos são de outros estados, demonstrando que os Complexos da Penha e do Alemão se tornaram um QG do Comando Vermelho nacional.
Uma situação de guerra
A conclusão que se pode tirar, mesmo que parcial, é que a operação nos Complexos da Penha e do Alemão não se tratou meramente de uma ação policial convencional, mas sim de uma "operação de guerra". Em quais outros grandes centros urbanos as forças de segurança se veem obrigadas a enfrentar mais de 120 criminosos armados com fuzis, pistolas, granadas e que até mesmo utilizam drones para atacar viaturas policiais? Comparações com conflitos em regiões de guerra como a Ucrânia e Rússia se tornam inevitáveis.
Além disso, a operação resultou na morte de quatro policiais, uma triste realidade que destaca o perigo do combate ao crime organizado na cidade. Apesar da gravidade, é importante ressaltar que todos os vitimados eram envolvidos em atividades criminosas, o que levanta questionamentos sobre as estratégias adotadas pelo Estado em situações extremas como essa.
Um apelo à sociedade
Diante desse cenário de tensão e violência, é fundamental que a sociedade se una em busca de soluções efetivas. O envolvimento da comunidade, a conscientização e a pressão sobre as autoridades são passos cruciais para enfrentar o avanço do crime organizado no Rio de Janeiro. Cidadãos informados e engajados podem fazer a diferença em um cenário tão desafiador.
Seu apoio e participação são essenciais para promover a paz e a segurança na cidade.