MPE/AL recomenda cassação de prefeito e vice de Piaçabuçe entre AIJEs e MP

Piaçabuçu acostumada com buruçu político-eleitoral vive mais uma vez à beira de nova decisão: uma nova eleição, ou eleição complementar com possível cassação da dupla Rymes Lessa - Carlos Ronalsa, o que pode impactar na eleição para deputado em 2026.

MPE/AL recomenda cassação de prefeito e vice de Piaçabuçe entre AIJEs e MP

Ministério Público Eleitoral de Alagoas (MPE/AL) apresentou mais uma recomendação dura contra a gestão do prefeito de Piaçabuçu, Rymes

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 Lessa. Em parecer recente, o órgão ministerial defendeu a cassação do chefe do Executivo municipal, apontando indícios graves de irregularidades que ferem diretamente os princípios da legalidade e da moralidade pública.

A medida não surgiu de forma isolada. Trata-se de um desdobramento de investigações que já vinham sendo acompanhadas pela Justiça Eleitoral, envolvendo supostos abusos de poder político e econômico durante o pleito. O MPE/AL, ao analisar os elementos colhidos, entendeu que as práticas narradas comprometem a lisura do processo democrático e não podem passar impunes.

O caso de Rymes Lessa expõe novamente a frágil fronteira entre governar e se perpetuar no poder. Quando as ferramentas da administração pública são usadas em benefício eleitoral, o resultado é sempre o mesmo: a violação da soberania popular. Não se trata apenas de uma disputa de cargos, mas de preservar a credibilidade das instituições e o voto livre da população.

Piaçabuçu, cidade marcada por ciclos de esperança e frustração, volta a conviver com a sombra da instabilidade política. A recomendação do MPE/AL não é sentença, mas pesa como uma prévia do que pode vir a ser decidido pela Justiça. Caso a cassação seja confirmada, o município passará por um novo processo de recomposição de liderança, mais uma vez sacudindo os alicerces da governabilidade local.

Mais do que o destino de um prefeito, está em jogo o respeito à democracia e à confiança do povo piaçabuçuense. Afinal, prefeitos passam, mas a marca deixada pelas instituições que atuam com firmeza permanece como garantia de que ninguém está acima da lei.

Creditos: Professor Raul Rodrigues