Olavo sendo transferido: a luta para salvar uma vida

“Entre a esperança e a fragilidade humana, a transferência de Olavo simboliza a luta para adiar o fim e tentar salvar uma vida.”

Olavo sendo transferido: a luta para salvar uma vida

A imagem de um paciente sendo transferido de um hospital para outro carrega em si uma mistura de esperança e desespero. Assim tem sido o caso de Olavo, cuja situação delicada fez com que médicos, familiares e amigos buscassem alternativas na tentativa de preservar-lhe a vida.

A transferência, mais do que um simples deslocamento, simboliza o fio tênue entre a luta pela sobrevivência e a resignação diante da fragilidade humana. É o momento em que cada minuto se torna decisivo, em que cada gesto da equipe médica pode representar a diferença entre continuar ou interromper a jornada.

Olavo, como tantos outros pacientes, torna-se também um retrato coletivo: o retrato de todos que, em meio às incertezas da saúde pública e privada, atravessam os corredores de hospitais em busca de uma segunda chance. A transferência não é apenas logística, mas um ato de fé — fé no tratamento, fé na competência dos profissionais, fé na própria vida.

No entanto, há de se reconhecer que nem sempre essas transferências significam cura ou milagre. Muitas vezes representam apenas a extensão de um processo natural, um prolongamento da luta contra a inevitabilidade da morte. Ainda assim, o esforço é legítimo. Cada ser humano merece esgotar as possibilidades de permanecer entre os seus, de viver mais um dia, de contar mais uma história.

O caso de Olavo nos lembra que salvar uma vida é sempre uma corrida contra o tempo, contra a fragilidade, contra os limites da medicina. E, sobretudo, que cada tentativa de salvar alguém é, em si mesma, um ato de humanidade.

Meu amigo Olavo, introduzido na política por nossas mãos nos de 1988 como elemento de múltiplas ações, é o retrato em preto e branco do quanto a vida nos reserva escolhas em nossa caminhada. Há época casado com minha amiga Mima, ambos fizeram parte de uma campanha desafiadora da política local, sendo os dois forjados pela oportunidade que nos foi oferecida, e que gerou novos agentes da política do front ou dos bastidores como nos mantivemos ativos até os dias atuais. 

Olavo foi meu braço direito na campanha de Miguel Lobo em 2012 em Neópolis quando saímos de uma incomoda situação de menos de 5% de chances para uma disputa perdida por 10% do resultado das urnas contra um monstro sagrado chamado Amintas Diniz.

Creditos: Professor Raul Rodrigues