Abertura de inquérito sobre mortes na pandemia renova a esperança do povo brasileiro

Uma alvissareira notícia serviu como néctar para o povo brasileiro, que há muito havia perdido a esperança de ver os responsáveis pelas mais de 700 mil mortes durante a pandemia da Covid-19 sendo responsabilizados. O ministro do STF ,Flávio Dino, anunciou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar as conclusões do relatório final da CPI da Pandemia, que evidenciou uma série de crimes contra a administração pública. Ao todo, foram identificados nove crimes, incluindo fraudes em licitações, superfaturamento, desvio de recursos públicos e a assinatura de contratos com empresas de fachada.

Os membros da CPI não hesitaram em apontar Jair Bolsonaro como um dos principais responsáveis pela tragédia que assolou o país. Com uma população de 212 milhões de habitantes, o Brasil alcançou uma marca vergonhosa de mortes que supera até mesmo a da Índia, que tem 1,4 bilhão de cidadãos e contabilizou 500 mil óbitos. Essa comparação acentua a gravidade da gestão bolsonarista da pandemia no Brasil e a falta de ações efetivas que poderiam ter salvado vidas.

Além de Bolsonaro, outras 77 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o senador Flávio Bolsonaro, todos envolvidos em um emaranhado de irregularidades na compra de vacinas e na contratação de fornecedores. A investigação não apenas busca punir os responsáveis por atos de corrupção, mas também pretende trazer à tona a verdade por trás das decisões que custaram tantas vidas.

A expectativa é que a Justiça atue com rigor e impeça que a impunidade promovida pelo Procurador Geral bolsonarista, Augusto Aras, prevaleça. A população brasileira clama por respostas e por justiça não apenas em relação às mortes, mas também em defesa da democracia, que foi severamente ameaçada durante o governo Bolsonaro. O inquérito é um passo importante, mas é preciso que se mantenha vigilante para que os culpados sejam severamente punidos.