Praia Grande registra 93 homicídios brutalidade em 5 anos

Panorama da Violência em Praia Grande

Praia Grande (SP), um município paulista com cerca de 350 mil habitantes, registrou 93 homicídios nos últimos cinco anos. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP). A cidade, que é a segunda mais populosa da Baixada Santista, só fica atrás de Santos, que possui aproximadamente 430 mil habitantes, e tem demonstrado um crescimento populacional significativo recentemente.

Quando comparada a Santos, que teve 75 homicídios no mesmo período, a variação percentual é de 24%. Segundo informações da SSP, em 2021, foram registrados 15 homicídios em Praia Grande; em 2022, 27; em 2023, 26; e em 2024, 14. Neste ano de 2025, até o dia 16 de setembro, foram contabilizados 11 homicídios.

Casos de Destaque

Um dos casos mais impactantes ocorreu na noite de 15 de setembro, quando o ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi assassinado a tiros de fuzil em uma emboscada na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, recebendo mais de 20 disparos. Fontes ficou conhecido por seu pioneirismo nas investigações contra a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) no início dos anos 2000. Em razão da gravidade do crime, a polícia formou uma força-tarefa para identificar e prender os responsáveis; dois suspeitos já foram apontados, conforme a SSP.

Outro crime que chamou atenção ocorreu em 2024, quando o irmão de um vereador de São Vicente, o comerciante Igor Peretto, foi encontrado morto, a facadas, dentro do apartamento da irmã. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apontou que o crime foi premeditado por Marcelly Peretto, sua viúva Rafaela Costa e Mário Vitorino, cunhado e sócio, visto que Igor era considerado um empecilho em um "triângulo amoroso" envolvendo os três.

Além disso, em 29 de janeiro de 2023, Leonardo Silva dos Santos, de 22 anos, foi brutalmente assassinado. Ele foi torturado e morto a facadas, com seu corpo queimado posteriormente em uma praça da cidade. As investigações indicaram que a vítima foi atraída para um prédio abandonado, onde foi torturada e obrigada a revelar senhas bancárias. Com isso, mais de R$ 5 mil foram transferidos de sua conta via Pix antes de sua morte. O motivo deste crime estaria relacionado a uma indenização que Leonardo recebeu dias antes, totalizando R$ 10 mil.

Outro caso de destaque foi a execução do agente penitenciário Ronaldo Soares dos Santos, de 49 anos, que foi morto a tiros no dia de Natal de 2021. Ele foi baleado após atender à campainha de sua residência e, embora tenha sido socorrido, não sobreviveu. Sua morte fez parte de uma série de ataques contra agentes de segurança que ocorreram na Baixada Santista em um intervalo de menos de 48 horas naquele feriado, incluindo o incidente com outro agente baleado e uma tentativa de homicídio contra um policial militar.

Conclusão

Com um registro alarmante de homicídios e casos que retratam a brutalidade da violência, Praia Grande necessita de uma atenção urgente das autoridades competentes para enfrentar esta grave situação. É fundamental que o poder público se mobilize para garantir a segurança da população e minimizar esses índices preocupantes de criminalidade.

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