Polícia Identifica Suspeito de Execução de Ex-Delegado

Polícia Identifica Suspeito de Execução de Ex-Delegado

Secretário de Segurança disse que homem já foi preso por roubo e tráfico

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou, nesta terça-feira (16), que a polícia já identificou um suspeito pela execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros na tarde de segunda (15) em Praia Grande (SP). A informação foi divulgada por Guilherme Derrite, secretário estadual de Segurança Pública, durante o velório do delegado.

Segundo Derrite, o indivíduo identificado tem um histórico de prisões: teria sido detido por roubo em duas ocasiões, por tráfico em outras duas e também quando era adolescente infrator, declarações que, segundo o secretário, constam nas apurações iniciais. A SSP determinou a criação de uma força-tarefa para localizar e prender os responsáveis.

Resumo do caso: o que se sabe até agora
Ruy Ferraz Fontes, que exercia função de secretário de Administração em Praia Grande (SP) e tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil, foi vítima de uma emboscada na saída da sede da prefeitura na noite de segunda-feira (15).

De acordo com relatos e imagens de câmeras, o carro em que ele estava tentou escapar, colidiu com outro veículo e com um ônibus e, em seguida, homens armados desceram de outro carro e dispararam contra a vítima. Foram usados fuzis e pelo menos três atiradores teriam participado da ação. Veículos utilizados pelos criminosos foram abandonados e um deles foi incendiado.

Reações e investigação
A morte reacendeu preocupações sobre a atuação organizada de grupos criminosos no litoral paulista. O secretário Derrite anunciou mobilização de efetivos especiais e pediu apoio de outros órgãos; a Polícia Federal ofereceu cooperação para as apurações. Autoridades estaduais afirmam que a ação tinha sinais de planejamento e emprego de armamento pesado, o que elevou a resposta operacional na Baixada Santista.

Próximos passos da apuração
A força-tarefa reúne equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e grupos especiais para rastrear a rota dos suspeitos, analisar imagens e identificar cúmplices e possíveis mandantes. Fontes oficiais dizem que as linhas de investigação trabalham com motivação ligada à atuação passada do delegado em grandes casos de combate ao crime organizado, além de outras hipóteses que não foram publicamente descartadas. Enquanto isso, trabalhos periciais continuam no local e laudos balísticos são aguardados.