A falta de visão de justiça no voto, nos leva ao fracasso: Penedo sem deputado

Penedo entre a razão e a emoção: escolhas que constroem ou destroem o futuro. Melhores tempos de Penedo: com Alcides, e Moacir Andrade, e Hélio Lopes na ALE.

A falta de visão de justiça no voto, nos leva ao fracasso: Penedo sem deputado

Volto aos anos 2000, quando, em uma eleição decisiva para o município de Penedo/AL, os eleitores, movidos por um sentimento de apelo popular, desprezaram tudo o que o governador Moacir Andrade havia feito por sua cidade natal durante os pouco mais de dois anos à frente do governo estadual. Assim, uma Penedo já paralisada pelas últimas gestões, moldadas por uma democracia atrofiada pelo voto sem razão, seguiu ainda mais estagnada. Naquele momento, prevaleceu a ordem da emoção e da divisão.

Penedo perdeu a oportunidade de conviver com um raro alinhamento político: Presidente da República, Governador do Estado e a prefeita Alita Andrade. Seria a chance de impulsionar uma cidade que vinha perdendo sua identidade como uma das mais importantes de Alagoas. Mas em nome de quê se sacrificou essa oportunidade? Dos discursos populistas e das divisões alimentadas por aqueles que sabiam que, se Fernando Collor e Moacir Andrade apoiassem Alita Andrade, Penedo poderia voar para outros horizontes.

E Penedo não elegeu Alita. Depois, rejeitou também a ideia de ter um ex-governador como prefeito. Não se tratava de qualquer nome, mas de uma das maiores lideranças políticas que Penedo já produziu: duas vezes deputado estadual, uma vez vice-governador, depois governador e, fora de Alagoas, deputado federal. Apenas o mandato de senador lhe faltava para se igualar aos maiores nomes da política alagoana.

Esses erros ensinaram que é preciso respeitar a razão em vez de se entregar apenas à emoção. Penedo perdeu oportunidades de ouro.

Agora, em 2026, o município tem novamente a chance de romper barreiras e recuperar seu prestígio entre as cidades mais importantes do estado. Para isso, basta eleger Guilherme Lopes deputado estadual. Grande parte da cidade e de seus povoados já abraçou essa ideia. Falta, porém, que a maioria esmagadora desperte para o sentimento de pertencimento e entenda que, além das divisões pessoais e políticas, deve prevalecer o futuro de Penedo. Sem grandes políticas públicas, corremos o risco de voltar ao fracasso por conta de disputas menores, em vez de avançar rumo a dias melhores.

Uma cidade dominada pelo ódio não encontra a razão.
E é a razão que constrói.
O ódio, por sua vez, apenas destrói.

Creditos: Professor Raul Rodrigues