Alpinista alemão morre após queda nos Alpes Italianos
08/09/2025, 12:30:46Tragédia na Gran Zebrù: perda durante a descida
Um alpinista alemão de 31 anos perdeu a vida após cair cerca de 200 metros durante a descida do cume da Gran Zebrù, montanha de 3.851 metros localizada nos Alpes Ortler, na província de Bolzano, Itália. O acidente aconteceu por volta dos 3.500 metros de altitude e, segundo as equipes de socorro alpino italianas, a vítima teve morte instantânea. Esse tipo de ocorrência reforça os riscos inerentes ao alpinismo em altitudes elevadas, especialmente em rotas técnicas e instáveis.
Como ocorreu o acidente
De acordo com relatos das equipes locais, a queda teria sido causada por uma perda de equilíbrio ainda sem explicação definida. O parceiro de escalada do alpinista presenciou o acidente e ficou em estado de choque. Ambos os escaladores haviam passado a noite anterior em um abrigo temporário para iniciar a descida logo pela manhã. O corpo da vítima foi finalmente retirado por helicóptero, e o sobrevivente também foi resgatado pela via aérea e encaminhado às autoridades locais.
Contexto geográfico e atratividade dos Alpes
Bolzano e a região do Ortler são destinos frequentados por alpinistas de diversas nacionalidades, com destaque para praticantes alemães. A Gran Zebrù faz parte do maciço Ortler, que inclui picos desafiadores e condições de clima que mudam rapidamente. O Ortler, ponto mais alto da região com 3.905 metros, atrai escaladores experientes em busca de rotas técnicas e neve perene.
Acidente semelhante na Áustria
Nos dias anteriores, outro acidente mortal envolvendo um alpinista alemão foi registrado nos alpes austríacos. No sábado, uma mulher de 50 anos caiu de grande altura na cordilheira Mieminger Kette, e foi encontrada sem vida por equipes de socorro abaixo dos 2.741 metros do pico. O esposo, que escalava com ela, desceu sozinho e foi resgatado por helicóptero sem ferimentos. As causas da queda continuam sendo investigadas pelas autoridades locais.
Ocorrências e reações na mesma jornada
No mesmo fim de semana, outras situações exigiram intervenção de equipes de resgate. Duas mulheres, uma alemã de 57 anos e uma russa de 47, sofreram ataques de pânico enquanto escalavam o Grossglockner, o ponto mais alto da Áustria. Ambas foram resgatadas de helicóptero, levadas a uma cabana na montanha e apresentaram apenas sinais leves de resfriamento, sem ferimentos graves. Esses episódios revelam que, além dos acidentes por queda, o estresse psicológico e as mudanças de condição física em altitude são fatores de risco relevantes.
Medidas de segurança e prevenção no alpinismo
O alpinismo exige preparo técnico, planejamento e equipamento adequado. Entre as medidas de segurança mais importantes, destacam-se:
- Treinamento e experiência: conhecer técnicas de ancoragem, uso de cordas, crampons e picareta.
- Planejamento da rota: avaliar condições meteorológicas, estado do gelo e histórico da via.
- Equipamento adequado: capacete, roupas para frio extremo, sistemas de segurança pessoais e rádio ou telefone via satélite.
- Companheiro de subida: manter comunicação constante e sistemas de segurança redundantes.
- Condições físicas e psicológicas: estar bem descansado e preparado para as exigências da altitude.
Mesmo com todas as precauções, imprevistos podem ocorrer. Por isso, as equipes de resgate alpino mantêm rotinas de prontidão e operações aéreas para atendimento em áreas de difícil acesso.
O papel dos serviços de resgate
Na Itália e em outros países alpinos, os serviços de resgate possuem protocolos específicos para ações em grande altitude. O uso de helicópteros é frequentemente necessário para acessar locais remotos e transportar vítimas com rapidez. Nessas operações, a coordenação entre equipes terrestres e aéreas e a análise das condições climáticas são determinantes para o sucesso do salvamento e a segurança das equipes.
Impacto na comunidade de alpinistas
Acidentes como o da Gran Zebrù têm forte impacto na comunidade de montanhismo, gerando debates sobre segurança, preparo e a informação adequada para quem pretende praticar alpinismo. Grupos de alpinistas, clubes e guias de montanha costumam reforçar campanhas de conscientização, orientando sobre cursos de formação, formação em resgate e uso correto de equipamentos de proteção.
Considerações finais
A perda de um alpinista é sempre um sinal de alerta para a importância da prevenção, do respeito às montanhas e do suporte às vítimas e familiares. As investigações sobre as causas das quedas costumam levar tempo e envolvem análise de equipamentos, testemunhos e fatores ambientais. Enquanto isso, a melhor resposta é promover segurança e preparo nas expedições.
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