Redes se dividem com #BolsonaroFree e #BolsonaroPreso

Redes se dividem com #BolsonaroFree e #BolsonaroPreso

Divisão nas redes durante o julgamento no STF


O início do julgamento da Primeira Turma do STF sobre as supostas tentativas de golpe de Estado em 2022 provocou forte repercussão nas redes sociais. A disputa entre apoiadores e opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou força em hashtags e publicações de políticos, refletindo a polarização que cerca o processo jurídico. A movimentação virtual acompanha os desdobramentos do julgamento e amplifica posições a favor de absolvição ou condenação.

Como a discussão se manifestou online


Na manhã do primeiro dia, entre os assuntos mais comentados da rede social "X" estavam as hashtags #BolsonaroFree e #BolsonaroPreso. Usuários comuns e figuras públicas intensificaram os discursos em ambas as frentes, transformando o tema em trending topic e alimentando debates sobre justiça, democracia e responsabilidades políticas.

Posicionamentos a favor da libertação


Fortalecendo a corrente #BolsonaroFree, apoiadores anônimos e influenciadores mobilizaram-se já pelas primeiras horas da manhã. Entre as manifestações públicas, houve postagens de políticos que pediram apoio ao ex-presidente. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) escreveu: "Tentaram te derrubar mil vezes, mas a cada queda você voltava mais forte! Não importa o tamanho do inimigo ou quanto ele jogue sujo, você lutou por nós e o povo brasileiro luta por você agora! #BolsonaroFree". O líder da bancada de oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), também publicou: "Estamos juntos, capitão! Não vamos desistir do Brasil!".

Chamadas por condenação


No outro extremo, a hashtag #BolsonaroPreso ganhou força com postagens que pediam responsabilização pelos atos investigados. Além dessa expressão, termos como "Bolsonaro condenado" e #BolsonaroNaCadeia apareceram entre os principais assuntos do dia. Parlamentares e movimentos de esquerda reforçaram esse posicionamento com publicações contundentes. O deputado federal Reimont (PT-RJ) afirmou: "É pela tentativa de golpe, mas também não podemos esquecer da omissão, das vidas perdidas, das famílias despedaçadas". Guilherme Boulos (PSOL-SP) ressaltou: "Hoje é um dia histórico para o Brasil. Que a Justiça seja feita."

Falas de autoridades e impacto no julgamento


Durante as sessões, autoridades que atuam no processo também tiveram suas falas amplificadas pelas redes. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, fez afirmações que foram bastante repercutidas: "Quando o presidente da República e o Ministro da Defesa se reúnem com os comandantes militares para concitá-los a executar fases finais do golpe, o golpe, ele mesmo, já está em curso de realização", Paulo Gonet, Procurador-Geral da República #bolsonaropreso #LollaPapuda pic.twitter.com/UGzaUoaXpx— Fábio Felix 🏳️‍🌈 (@fabiofelixdf) September 2, 2025

As declarações das autoridades trouxeram à tona elementos centrais da acusação e serviram de combustível para a narrativa de ambos os lados nas redes, com análises que variaram entre acusações diretas e defesas técnicas do processo judicial.

Quem são os réus e o que está sendo investigado


No julgamento, Bolsonaro e outros sete réus respondem por uma série de crimes que incluem organização criminosa armada, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O Ministério Público aponta um "núcleo crucial" que teria comandado as supostas tentativas de golpe em 2022. Entre os nomes mencionados no processo estão:
  • Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor-geral da Abin)
  • Almir Garnier Santos (almirante e ex-comandante da Marinha)
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
  • Augusto Heleno (general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)
  • Jair Bolsonaro (ex-presidente da República)
  • Mauro Cid (tenente-coronel e ex-ajudante de ordens, delator do caso)
  • Paulo Sérgio Nogueira (general e ex-ministro da Defesa)
  • Walter Braga Netto (general da reserva e ex-ministro)

Segundo o procurador-geral, Paulo Gonet, Bolsonaro seria o principal articulador e maior beneficiário dos atos atribuídos ao grupo. Essas acusações, por sua gravidade, tornaram o julgamento um evento de alta relevância política e social, acompanhado em tempo real por observadores, jornalistas e o público nas redes sociais.

Ritos do STF e próximos passos


O julgamento começou na terça-feira e, conforme previsto, deve se estender até o dia 12, seguindo os ritos da Primeira Turma. A defesa de cada réu terá prazo para apresentar alegações finais, com limitação de tempo para as sustentação oral. Durante as alegações iniciais, as defesas negaram os crimes imputados a seus clientes, e a dinâmica do julgamento seguirá conforme os procedimentos internos do Tribunal.

Repercussão e implicações para o debate público


A repercussão nas redes não apenas reflete posições já consolidadas entre apoiadores e críticos, mas também influencia a percepção pública sobre o processo. Hashtags, citações de políticos e interpretações de especialistas contribuem para a formação de narrativas que podem perdurar mesmo após a conclusão do julgamento. Para muitos, trata-se de um teste para as instituições democráticas e para a capacidade do sistema de justiça em lidar com episódios que envolvem ataques à ordem constitucional.

Conclusão e chamada para ação


O julgamento no STF e a reação nas redes mostram como temas jurídicos complexos rapidamente se transformam em pautas de alto impacto nas plataformas digitais. Independentemente do posicionamento, é essencial acompanhar as decisões com informação de qualidade e respeito ao debate democrático. Se você acompanhou os desdobramentos, deixe seu comentário, compartilhe sua opinião e assine a nossa newsletter para receber análises e atualizações sobre o caso.

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