A caçada de gato e rato entre JHC e Arthur Lira para 2026
25/08/2025, 05:20:19Equanto as manchetes midiáticas não cessarem sobre a "canidatura" de JHC ao governo do estado ou para senador, Arthur Lira não terá sono reparador dos cansativos dias de como será o amanhã.
O tabuleiro político alagoano está sendo armado com peças afiadas e estratégias dignas de um jogo de xadrez – mas o jogo em curso entre João Henrique Caldas (JHC) e Arthur Lira se assemelha muito mais a uma caçada de gato e rato, com perseguições, recuos, emboscadas e movimentos calculados que podem definir o futuro de 2026 em Alagoas.
De um lado, JHC, prefeito de Maceió, jovem, midiático, com discurso moderno e forte presença nas redes sociais, que se coloca como alternativa a um modelo de política tradicional. Ele tenta capitalizar a imagem de gestor próximo do povo e inovador, apostando na juventude e no desgaste da velha política. Do outro, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, político calejado, com estrutura robusta em Brasília e no estado, acostumado a sobreviver em meio a tempestades, com um arsenal de aliados e a força do poder nacional.
A disputa já não é apenas sobre quem será candidato a governador ou senador em 2026: é uma luta de narrativas e território. JHC se movimenta para se consolidar como o rosto da renovação, enquanto Lira age nos bastidores com a habilidade de quem conhece as entranhas do poder e sabe manejar apoios, recursos e articulações invisíveis ao olhar comum.
Esse embate tem nuances interessantes:
O estilo do “gato”: Arthur Lira persegue de forma silenciosa, paciente, aguardando o momento certo para dar o bote.
A fuga do “rato”: JHC corre na frente, ágil, aproveitando a popularidade e buscando escapar das armadilhas políticas, mas sem perder o brilho midiático.
A armadilha final: ambos sabem que 2026 não será decidido apenas no palanque, mas também nos corredores de Brasília e nas alianças nacionais que irão se formar em torno da sucessão presidencial.
O eleitorado alagoano será espectador e árbitro dessa caçada. De um lado, a política de influência nacional; do outro, o carisma local. É inevitável que, nesse duelo, haja momentos de trégua estratégica, mas a tensão já está no ar: quem será o gato, quem será o rato, e quem conseguirá transformar o outro em presa diante do eleitor em 2026?
No fim, o que está em jogo não é apenas um cargo, mas o futuro da hegemonia política em Alagoas – se continuará sob as mãos de caciques tradicionais ou se dará espaço a uma nova roupagem, ainda que carregada das mesmas velhas estratégias de sobrevivência política.