Elevadores expõem violência em pleno Brasil de 2025
08/08/2025, 19:34:35Um retrato da brutalidade
O elevador, no Brasil de 2025, revelou o que temos de pior. E essa é só a ponta do iceberg. Câmeras flagraram o empresário espancando a esposa. Parece cena de um filme repetido, mas não é. Em um prédio de Guará II, no Distrito Federal, câmeras de segurança flagram o momento em que o homem se aproxima do elevador e agride a companheira com socos e cotoveladas.
Não fosse o sistema interno de vigilância, a vítima provavelmente jamais teria uma prova contra o agressor. Ela nem sequer queria relatar o caso à delegacia. Foi incentivada pela mãe, alertada pelos médicos sobre os indícios de violência após cinco dias de internação. Na casa do casal, a polícia encontrou armas e munições. Um caso clássico.
Um pacto de silêncio
Um ditado popular ainda comum em pleno 2025 é que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. Sob esse pacto de silêncio, jamais saberemos quantas cenas do tipo ocorreram longe das câmeras de monitoramento. Em algum momento, o agressor se esquece delas e promove em um espaço de transição, como garagens e elevadores, um crime silenciado a quatro paredes.
Foi o que aconteceu em outro espaço público/privado de Natal (RN), onde um ex-jogador de basquete deu 61 socos na namorada ao entrar no elevador. Ele alegou ter sofrido um "surto claustrofóbico". Curioso, porque em geral um surto do tipo leva a queda de pressão ou desmaio. A covardia ali é agravada pela "desculpa" e pelo fato de a vítima não ter pra onde fugir, correr ou pedir ajuda.
Preso, ele agora teme passar na cadeia o que fez a namorada passar. Não fosse o circuito de vigilância, as duas vítimas talvez tivessem dificuldade de serem ouvidas ao relatar o que passaram. O elevador, no Brasil de 2025, revelou o que temos de pior. E essa é só a ponta do iceberg.