General afirma que plano para matar Lula era análise pessoal
25/07/2025, 19:37:28
General Mário Fernandes e seu depoimento ao STF
Diante do Supremo Tribunal Federal, o general reformado do Exército Brasileiro, Mário Fernandes, declarou sua posição sobre a chamada "minuta do golpe". Segundo ele, o documento não passava de uma reflexão pessoal digitalizada e não tinha relação com um plano golpista. A afirmação foi feita durante um interrogatório que teve como foco as investigações da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que apura um suposto plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro de 2023.
Declarações do General Fernandes
Durante seu depoimento, Fernandes destacou que o arquivo que possui era um "copilado de dados, de pensamentos meus, para uma análise de riscos". Ele reiterou que o conteúdo nunca foi mostrado ou compartilhado com ninguém, afirmando: "Não foi apresentado para ninguém esse pensamento digitalizado, nem compartilhado por ninguém".
Busca e apreensão
O militar foi alvo de uma operação de busca e apreensão realizada em 8 de fevereiro de 2023. Na ocasião, o documento foi inicialmente caracterizado como uma potencial minuta de um plano golpista. Fernandes, contudo, negou veementemente qualquer ligação entre o arquivo digitalizado e um plano operacional de ruptura institucional.
Reflexões pessoais e arrependimentos
O general expressou seu arrependimento por ter digitalizado o material, dizendo: "Me arrependo de ter digitalizado isso". Ele também apontou que a inclusão de informações adicionais de seu HD no processo judicial não impactariam a denúncia formulada pelo Ministério Público. "Eu garanto, neste momento, que meu HD fosse extraído nos autos do processo, em nada impactaria o processo ou mesmo a parte da denúncia. O que foi colocado até aqui sobre esse arquivo é completamente descontextualizado", declarou.
A Operação Tempus Veritatis
A Operação Tempus Veritatis é uma investigação que se concentra na possível elaboração de um plano de golpe de Estado. Mário Fernandes é um dos alvos desta investigação, que inclui outros militares e ex-integrantes do governo federal, todos sob a suspeita de envolvimento nesse suposto plano.
Conclusão e implicações
As declarações de Mário Fernandes trazem à tona importantes questionamentos sobre a análise de riscos feita por militares e a natureza de documentos que podem ser mal interpretados em situações políticas delicadas. O desenrolar dessa investigação poderá ter consequências significativas para a relação entre as forças armadas e o governo civil. É crucial que a sociedade acompanhe esses acontecimentos e reflita sobre a democracia e o papel das instituições.
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