Desafio da Europa na Proteção do Mar Vermelho

Desafio da Europa na Proteção do Mar Vermelho

Desafio da Europa na Proteção do Mar Vermelho


Uma fragata grega completa missão de proteção a navio mercante no Mar Vermelho. A Europa enfrenta um significativo desafio na proteção das rotas de navegação no Mar Vermelho. O alerta foi feito por Rear Adm. Vasileios Gryparis, comandante da Operação Aspides, responsável por monitorar e proteger embarcações comerciais na região. Os recentes ataques dos Houthis, que resultaram no afundamento de dois navios, evidenciam a vulnerabilidade da missão europeia, que opera com uma quantidade limitada de embarcações.

Segundo Gryparis, a Europa não dispõe dos recursos navais necessários para garantir a segurança completa das rotas marítimas. Nos últimos dias, os Houthis, um grupo armado apoiado pelo Irã, retomaram suas agressões no Mar Vermelho, atingindo dois navios de carga em sucessivas operações. O ataque ocorreu sem que os navios solicitassem escolta ao comando da missão europeia. A operação atualmente conta com menos de um navio de guerra na área do Mar Vermelho por dia, um número insuficiente para a vasta extensão da zona de operações, que inclui também o noroeste do Oceano Índico e o Golfo.

O comandante Gryparis ressaltou que a Operação Aspides foi concebida para operar com os recursos oferecidos voluntariamente pelos estados europeus e, por isso, não possui autoridade para solicitar mais embarcações. Este cenário levanta preocupações sobre a capacidade de proteção das embarcações comerciais, principalmente após a recente violência no Mar Vermelho. As embarcações atacadas, o Magic Seas e o Eternity C, ambos de bandeira liberiana e propriedade grega, não solicitaram acompanhamento da Operação Aspides antes de suas viagens. Gryparis comentou que a resposta à segurança dos navios é encarada por meio de avaliações de risco compartilhadas no portal online da missão, onde os marinheiros podem pedir ajuda.

Até o momento, a operação nunca negou um pedido de apoio, mas as embarcações devem aguardar conforme a disponibilidade de escoltas. A Operação Aspides proporcionou proteção a centenas de embarcações desde seu início no início de 2024 e ajudou a interceptar mais de 20 mísseis e drones dos Houthis, além de destruir pelo menos dois veículos de superfície não tripulados.

Gryparis informou que as empresas que operam os navios têm total conhecimento das opções disponíveis e dos níveis de riscos envolvidos. No entanto, as razões pelas quais as embarcações não pediram proteção permanecem incertas, já que as empresas proprietárias não retornaram os pedidos de comentário. Nos últimos meses, a missão operava em conjunto com a Marinha dos EUA, que enviou porta-aviões e navios de guerra para a região com o objetivo de proteger os corredores marítimos, principalmente após o aumento das atividades hostis dos Houthis.

No entanto, desde a aplicação de um cessar-fogo em maio durante a administração Trump, as forças americanas não realizaram mais operações na área, embora os rebeldes tenham continuado a atacar Israel e navios comerciais. Gryparis expressou preocupação com a recente escalada de violência, afirmando que esses ataques representam um "desenvolvimento preocupante que pode desestabilizar a liberdade de navegação no Mar Vermelho". Ele reiterou o compromisso da Operação Aspides em garantir a segurança e a liberdade de navegação, dependendo dos recursos e capacidades disponíveis dos estados membros da UE.

Conclusão: A situação no Mar Vermelho exige atenção e recursos adequados para assegurar a proteção das rotas de navegação. É fundamental que as empresas e os países envolvidos intensifiquem seus esforços para resolver essa questão. Para mais informações e atualizações, continue acompanhando nosso blog.