Na decisão de Paulo Dantas, o futuro político de Ronaldo Lessa

Em um evento que marcou o início das obras do VLT em Arapiraca, o governador Paulo Dantas fez uma declaração que reverberou nas esferas políticas de Alagoas: ele permanecerá no cargo até o último dia de seu mandato. Essa afirmação não apenas destacou a importância da manutenção do projeto político, mas também acende um debate sobre as intenções e os desafios que cercam a política local.

Os especialistas em política alagoana logo se questionaram: seria esse um blefe estratégico ou uma declaração sincera de Dantas? O fato é que sua posição pode complicar os planos do vice-governador Ronaldo Lessa, que assumiria o governo, pela terceira vez, podendo tentar uma reeleição e conquistar seu quarto mandato. Isso se confirmando, a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) teria a responsabilidade de indicar um governador tampão, uma situação que poderia gerar incertezas.

A pergunta que paira no ar é: por que Paulo Dantas se posiciona dessa maneira, aparentemente dificultando a trajetória política de Lessa? A resposta pode estar enraizada em uma dinâmica de confiança. Lessa não se uniu a Dantas por um alinhamento ideológico com o grupo político encabeçado pelos Calheiros/ Marcelo Victor, mas sim por uma simples acomodação. Essa desconfiança pode ser um reflexo de um jogo político mais amplo, onde Dantas busca garantir que o controle do governo permaneça com seu grupo, até o fim de seu mandato.

Com isso, o futuro político de Ronaldo Lessa parece incerto. O ex-vereador, ex-prefeito e ex-deputado, que por muito tempo foi uma figura proeminente no cenário alagoano, pode se ver sem opções viáveis, caminhando a passos largos rumo à aposentadoria, a não ser que uma reviravolta significativa altere o panorama político do estado.