Mauro Cid depõe como testemunha no caso do golpe

Mauro Cid depõe como testemunha no caso do golpe

Mauro Cid no STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai ouvir nesta segunda-feira (14) o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, como testemunha de acusação dos réus dos Núcleos 2, 3 e 4 da suposta tentativa de golpe de Estado.

As oitivas das testemunhas de defesa e acusação se iniciaram às 9h desta segunda. As de acusação, apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), serão as primeiras a serem ouvidas.

Retorno ao STF

Mauro Cid, réu da mesma ação no chamado "núcleo principal", fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal no período das investigações. O antigo aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve depor para mais uma vez apresentar informações nos processos penais dos outros três núcleos da trama golpista, com 23 réus ao todo.

É a primeira vez que Cid depõe na ação desde seu próprio interrogatório, em junho deste ano, por suposta participação no grupo de liderança da organização criminosa. Entre os oito acusados do Núcleo 1, além de Cid, também está Bolsonaro.

Os outros acusados foram divididos no Núcleo 2, apontado pelo gerenciamento de ações, tem seis acusados; Núcleo 3, suspeito de planejar o assassinato de autoridades, com 10 acusados; e Núcleo 4, suspeito de propagar notícias falsas e de fazer ataques a instituições, com sete acusados.

As audiências desta fase do processo vão até 23 de julho, e serão feitas por videoconferência. Mauro Cid tem depoimento marcado para às 14h desta segunda, e falará uma única vez em comum nas ações dos três núcleos.

As testemunhas de defesa foram indicadas pelos advogados dos réus, que respondem pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.