Goldman Sachs Prevê Alta do S&P 500 Apesar de Tarifas
11/07/2025, 09:39:58
Previsões do Goldman Sachs para o Mercado de Ações
Goldman Sachs projeta alta do S&P 500 mesmo com novas ameaças de tarifas de Trump. O banco elevou sua previsão para o mercado de ações, antecipando que o S&P 500 suba 11%, alcançando 6.900 pontos nos próximos 12 meses. Essa expectativa é sustentada por fatores positivos, como bons resultados financeiros e cortes nas taxas de juros do Fed.
Detalhes das Previsões
Na noite de segunda-feira, os estrategistas do Goldman Sachs ajustaram suas metas para o S&P 500 em diferentes prazos. A previsão de retorno em 3 meses agora indica um aumento de 3%, atingindo 6.400 pontos (de 5.900), enquanto a projeção para 6 meses é de crescimento de 6%, subindo para 6.600 pontos (de 6.100). Para 12 meses, a expectativa é de uma valorização geral de 11%, alcançando 6.900 pontos (de 6.500).
Resiliência das Empresas
Os estrategistas acreditam que as empresas do S&P 500 estão bem preparadas para enfrentar o impacto imediato das novas tarifas, que devem entrar em vigor no dia 1º de agosto. Informações indicam que a empresa média do S&P 500 no setor de bens possui cerca de três meses de estoque, o que oferece uma margem de segurança.
"Esperamos que a absorção das tarifas seja um processo gradual, e as grandes empresas parecem ter alguma margem dos estoques antes do aumento nas taxas das tarifas", afirmou o banco em nota enviada aos clientes. Além disso, eles destacaram que as empresas do S&P 500 planejam adotar estratégias como economia de custos, ajustes de fornecedores e aumento de preços para neutralizar o impacto das tarifas.
Catalisadores para o Crescimento do Mercado
A Goldman Sachs mencionou diversos catalisadores que poderiam impulsionar o mercado: primeiramente, resultados financeiros robustos, com a previsão de crescimento de cerca de 7% nos lucros por ação no S&P 500 nos próximos dois anos, o que deverá ajudar a sustentar as ações. Em segundo lugar, cortes agressivos nas taxas do Fed, com expectativa de 75 pontos base de cortes neste ano e mais 50 pontos base em 2026, superando as previsões iniciais dos investidores.
A diminuição dos rendimentos dos títulos do Tesouro, que estão mais baixos do que o esperado, é outro ponto positivo para as ações, uma vez que rendimentos mais altos tendem a criar resistência às ações, à medida que os investidores buscam por ativos de renda fixa mais seguros.
Perspectivas Futuras
As grandes empresas permanecendo fortes e a visão otimista dos investidores sobre o futuro também contribuem para essa previsibilidade. Além disso, um histórico favorável indica que, nos últimos 40 anos, sempre que o Fed começou a cortar taxas após seis meses de estabilidade, a economia evitou uma recessão no ano seguinte, resultando em ganhos de 10% a 15% nas ações ao longo do ano seguinte.
Conforme destacado pelos estrategistas, o S&P 500 já atingiu um novo recorde e um aumento adicional é considerado coerente com o histórico de cortes nas taxas do Fed. Embora a largura do mercado frequentemente sinalize riscos de perdas significativas, os analistas acreditam que uma recuperação é mais provável que um retrocesso, prevendo que o rali do mercado se amplie nas próximas semanas.
Reação do Mercado ao Anúncio de Tarifas
No início da semana, as ações nos Estados Unidos sofreram uma queda acentuada após Trump anunciar um conjunto de novas tarifas em seu perfil no Truth Social. Contudo, a reação do mercado foi mais moderada na terça-feira. Até o momento, Trump anunciou novas tarifas sobre 14 nações, com mais anúncios previstos nos próximos dias, segundo informações da Casa Branca.