Brasileira localizada após desaparecimento em vulcão na Indonésia

Brasileira localizada após desaparecimento em vulcão na Indonésia

Localização de Juliana Marins

A brasileira Juliana Marins, que estava desaparecida há três dias após cair durante uma trilha no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, foi localizada pela equipe de resgate nesta segunda-feira (23). A informação foi confirmada pela família da jovem nas redes sociais.

Dificuldades no resgate

Apesar da localização, Juliana ainda não foi resgatada. Isso porque o ponto onde ela foi encontrada está em uma área de acesso muito difícil, com terreno íngreme e escorregadio. Além disso, as más condições climáticas agravaram os obstáculos até a jovem, e, por isso, as autoridades interromperam as operações de resgate por volta das 16h no horário local (5h em Brasília). "Conseguimos a confirmação de que o resgate conseguiu localizar novamente a Juliana e está, neste momento, descendo até o local onde ela foi avistada", informou a família pouco antes da paralisação temporária das buscas.

Retorno das operações

Os trabalhos foram retomados nesta segunda-feira (23) pela manhã (horário local). Um vídeo publicado pela família de Juliana mostra a movimentação para as buscas. "Dois alpinistas bem experientes da região estão indo ao encontro do local do acidente de Juliana. Não temos a informação se eles conseguirão dar continuidade ao resgate durante a noite, mas sabemos que há um bom reforço com equipamentos específicos para acompanhar a equipe que já está no local", diz a legenda.

Indignação da família

Nas redes sociais, os familiares expressaram sua indignação com o ritmo do resgate. Em uma postagem, eles criticaram o novo recuo das equipes e apontaram negligência por parte das autoridades locais. Além disso, a família fez um apelo por mais agilidade na operação, já que Juliana está há três dias sem acesso à água, comida ou agasalhos.

Contestação do resgate

Amigas de Juliana contestaram o resgate divulgado pelas autoridades indonésias. Como informado pelo iG no domingo (22), elas afirmaram que os vídeos de drone divulgados para mostrar o resgate seriam falsos, e que os socorristas não conseguiram chegar até Juliana por falta de equipamentos adequados e por causa da baixa visibilidade. "Nossa última esperança é o envio de um helicóptero para resgate", afirmou Carol em um comunicado.

O acidente

A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, desapareceu na madrugada da última sexta-feira (20) durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A brasileira, natural de Niterói, no Rio de Janeiro, fazia parte de um grupo de turistas que começou a subir até o cume da montanha por volta das 2h da manhã (horário local). O local é considerado um dos mais desafiadores do país asiático, devido ao terreno escorregadio e visibilidade comprometida pela névoa. Segundo o francês Antoine Le Gac, que também integrava o grupo, os participantes avançavam em ritmos diferentes. Ele relatou ao Fantástico, da TV Globo, que Juliana ficou para trás com o guia local. "Era muito cedo, antes de o sol nascer, com uma simples lanterna para iluminar terrenos difíceis", contou.

Queda e ferimentos

A publicitária sofreu uma queda de cerca de 300 metros, próximo ao ponto mais alto do vulcão, a mais de 3.000 metros de altitude. Imagens captadas por um drone de outro grupo de turistas mostram Juliana sentada em uma encosta, ferida e sem conseguir se mover, por volta das 17h10 do sábado (22).

Pressão nas redes sociais

O caso mobilizou os brasileiros nas redes sociais, que têm pressionado o Ministério das Relações Exteriores por um posicionamento. Em nota divulgada, o Itamaraty informou que a Agência de Busca e Salvamento da Indonésia continua os esforços para o resgate de Juliana. O Ministério das Relações Exteriores destacou que, desde o início, a embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou autoridades indonésias "no mais alto nível", o que permitiu o envio das equipes ao local do acidente. O governo brasileiro também pediu reforços para a operação de resgate.