Inquérito da Igreja Bola de Neve é Arquivado Sem Irregularidades

Arquivamento do Inquérito

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Civil solicitaram o arquivamento de um inquérito que investigava suspeitas de irregularidades na gestão administrativa e financeira da Igreja Evangélica Bola de Neve. A confirmação da informação foi feita pelo Portal iG, nesta terça-feira (17). A investigação teve início a partir de uma notícia-crime apresentada ao MP, em fevereiro, pela pastora Denise Seixas, viúva do apóstolo Rina, fundador da igreja. Ela questionou os contratos com empresas vinculadas a Everton Ribeiro, diretor financeiro da Bola de Neve.

As empresas mencionadas na denúncia incluíram a Siaf Solutions, a Filhos do Rei Serviços de Conservação e a Green Grid Energy, especializada em energia solar.

Resultados da Investigação

Na terça-feira, tanto o MP quanto a Polícia Civil publicaram pareceres que concluem não haver irregularidades. Segundo o parecer do MP, não foram encontrados "indícios suficientes da ocorrência de ilícito". O relatório final do inquérito da Polícia Civil também indicou a ausência de superfaturamento, desvio de recursos ou simulação contratual por parte das empresas citadas.

Durante o processo investigativo, o diretor financeiro alegou em seu depoimento que todos os contratos em questão são legais. Ele destacou que a Siaf Solutions presta serviços de gestão financeira à igreja há mais de uma década sem que haja registros de cobrança indevida.

Além disso, o diretor afirmou que a empresa Green Grid Energy nunca chegou a iniciar suas atividades na igreja e que a contratação da Filhos do Rei, que pertence à sua irmã Kelly Cristina Ribeiro Bettio, ocorreu em 2014 após um processo licitatório que envolveu outras prestadoras de serviço. Ele reforçou que todas as notas fiscais estão em conformidade.

Implicações do Arquivamento

A avaliação do MP considera que o fato de o investigado estar na posição de diretor financeiro e contratar empresas de familiares não configura, por si só, uma conduta criminosa. Em seu parecer, é destacado que "a eventual insatisfação na condução das contas da entidade deve ser objeto de deliberação entre os membros da pessoa jurídica ou, em última hipótese, de ação judicial na esfera cível."

Considerações Finais

Este desfecho do inquérito pode trazer alívio para os membros da Igreja Evangélica Bola de Neve, que se veem envolvidos em um clima de suspeições, ao mesmo tempo que ressalta a importância de uma gestão transparente e legal dentro de instituições religiosas.