General no STF explica operação da PM em 8/1

General no STF explica operação da PM em 8/1

Entenda o Caso


A Primeira Turma do Supremo, responsável por julgar o caso, começou a ouvir as 82 testemunhas arroladas por acusação e defesas na primeira ação penal sobre o golpe. O general Júlio Cesar de Arruda, em depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que impediu a ação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na área em frente ao Quartel General do Exército em 8 de janeiro de 2023, para que as prisões dos manifestantes bolsonaristas fossem realizadas de forma “coordenada”.

A Ação da PM


Arruda foi chamado como testemunha de defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o depoimento, Cid foi ouvido em relação ao golpe que tinha o objetivo de manter Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022. O general revelou que ao receber informações sobre a tentativa de prisão em massa determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, decidiu que a operação precisaria ser feita de outra maneira.

“Eu não neguei [a entrada da PM]”, afirmou Arruda, salientando que o plano era evitar uma ação precipitada. O episódio resultou na destituição do general do comando do Exército semanas depois.

Em resposta a um recomendado pelo procurador-geral da República, Arruda explicou que a situação exigia calma e uma abordagem organizada. Ele se reuniu com ministros e decidiu que as prisões ocorreriam no dia seguinte, o que resultou em mais de 1.400 detenções pela PM.

Confronto com o Relator


O próprio Moraes questionou o general sobre declarações do coronel Fábio Augusto Vieira, comandante da PMDF na época, que alegou ter sido impedido de cumprir a ordem judicial. Arruda, em sua defesa, reiterou que a ação não poderia ser realizada sem um planejamento adequado.

“Graças a deus não houve alguma morte, porque do jeito que estava ali”, concluiu Arruda.

O Andamento do Caso


Mais quatro testemunhas de defesa de Cid também foram ouvidas, todas com antecedentes militares. A intenção da defesa era enfatizar a natureza profissional e não política do tenente-coronel. Todas as testemunhas relataram que Cid nunca apresentou comportamentos que indicassem um viés político em seu trabalho.

A Primeira Turma começou a ouvir as testemunhas na segunda-feira (19), e a próxima audiência retoma nesta sexta-feira (23), com novos depoimentos. O caso envolve não apenas Cid, mas também o ex-presidente Bolsonaro e outros ministros de seu governo na lista dos réus.

Continuando a Cobertura


O relator do caso, Moraes, proibiu gravações das audiências, mas jornalistas puderam acompanhar as falas. A cobertura continua, e você pode acompanhar as atualizações sobre este importante julgamento sobre o golpe.

Concluindo


Esse caso se mostra crucial para a compreensão da dinâmica política brasileira recente. Para mais informações e atualizações sobre o tema, continue nos acompanhando.