Eduardo Leite e sua saída do PSDB
Eduardo Leite é o atual governador do Rio Grande do Sul, e sua recente filiação ao PSD gerou reações críticas entre os dirigentes do PSDB. Esta decisão foi oficializada na sexta-feira, dia 9 de maio de 2025, e foi interpretada por muitos como uma ruptura do projeto de reconstrução do partido. A cerimônia que formalizou a saída de Leite ocorreu no gabinete da Direção Nacional do PSD em São Paulo, onde estava presente o presidente da legenda, Gilberto Kassab.
O Portal iG apurou que as lideranças do PSDB viam Leite como uma figura central para a revitalização do partido, especialmente com vistas à disputa presidencial em 2030. Sua saída foi considerada um gesto de deslealdade e um novo golpe para a já debilitada legenda.
A insatisfação de Leite no PSDB
Segundo aliados do governador, Leite sentia que sua influência dentro do PSDB havia diminuído e que com a fusão do PSDB com o Podemos, que foi aprovada pela cúpula partidária, ele perderia ainda mais espaço. Leite abandonou o PSDB após 24 anos de filiação, período no qual consolidou sua trajetória política. A decisão alinha-se com a fusão do PSDB e Podemos, embora esta tenha gerado contrariedades em relação à posição de Leite.
O governador destacou em uma nota oficial que "as circunstâncias do cenário político e eleitoral, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil, exigem novos caminhos". Ele também expressou: "Depois de 24 anos de filiação ininterrupta ao PSDB — meu único partido até aqui — comunico, com o coração cheio de gratidão, minha desfiliação da legenda. Não foi uma decisão simples."
A reação do PSDB
Em nota pública, a direção nacional do PSDB lamentou a decisão de Leite, afirmando que: "Lamentamos que essa decisão ocorra exatamente no momento em que o PSDB está se reconstruindo e se fortalecendo para voltar a liderar um projeto nacional de centro, longe dos extremos. A fusão com o Podemos, caminho que estamos construindo para fortalecer o PSDB, contou inclusive com o voto do próprio governador Eduardo Leite."
O presidente estadual do PSDB em São Paulo, Paulo Serra, também se pronunciou, dizendo: "Lamento a saída do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB. De toda forma, desejo boa sorte a ele. Pode ser um fim, ou um recomeço; um ponto final, ou uma vírgula; um vale, ou uma ponte. Ainda não consigo saber. O que sei é que está na hora da Política no Brasil se reinventar."
Desafios do PSDB
O PSDB enfrenta um processo de retração preocupante. Com a saída de Leite e da também governadora Raquel Lyra, a sigla mantém apenas um governador, Eduardo Riedel de Mato Grosso do Sul, que está avaliando se permanecerá no partido. Atualmente, a legenda conta com apenas 13 deputados federais e três senadores.
O PSD, por sua vez, obteve sucesso nas eleições municipais de 2024, elegendo 887 prefeitos, incluindo cinco capitais, mostrando-se uma força crescente
Leite, conforme suas declarações mais recentes, está "disposto" a concorrer a cargos majoritários, sendo cogitado para uma disputa ao Senado em 2026 pelo Rio Grande do Sul. Embora a possibilidade de uma candidatura à presidência não esteja descartada, isso dependerá das articulações internas dentro do PSD.
Conclusão
A saída de Eduardo Leite do PSDB não é apenas uma mudança pessoal, mas reflete questões mais profundas dentro da política brasileira. As reações e as análises sobre esse movimento poderão moldar as dinâmicas eleitorais futuras, especialmente com um calendário que já antecipa as disputas de 2026 e 2030. Para mais atualizações sobre política e outras notícias relevantes, fique atento ao nosso blog!