Divisão da direita em 2026 gera reflexões de Kassab
02/05/2025, 12:38:09
A divisão da direita nas eleições de 2026
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, abordou, nesta quinta-feira, a complexa situação da direita brasileira visando as eleições presidenciais de 2026. Durante sua visita à Agrishow, a principal feira agrícola do Brasil, Kassab declarou que não vê problemas na possível fragmentação de candidatos que podem surgir no espectro da centro-direita.
A importância de Tarcísio para a centro-direita
A afirmação de Kassab foi proferida após um encontro com cinco governadores, incluindo Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo. Kassab afirmou que, caso Tarcísio optasse por ser candidato à presidência, a centro-direita não apresentaria outros nomes. Ele destacou: "O que eu percebo é que o governador Tarcisio está disposto a continuar o seu trabalho no estado de São Paulo. Até porque se ele fosse candidato, eu acredito que a centro-direita não lançaria ninguém, ele seria candidato único."
Pulverização de candidaturas
Com a ausência de Tarcísio na disputa, Kassab prevê uma pulverização de candidatos: "Ele não sendo candidato, eu percebo uma movimentação em todos os partidos de centro-direita para cada um lançar o seu candidato. Nenhum problema, porque no segundo turno todos se encontram".
O cenário político atual
O ex-presidente Jair Bolsonaro também já compartilhou uma visão de união da direita em um possível segundo turno na eleição de 2026. Mesmo que hoje ele seja inelegível, continua sua influência nesse espectro político. Kassab, que tem uma posição ambígua, ressaltou que, apesar de o PSD ser aliado do bolsonarismo em São Paulo, o partido também possui participação no governo Lula, ocupando pastas significativas como Agricultura, Minas e Energia e Pesca.
Pré-candidaturas em destaque
Na Agrishow, Kassab falou sobre pré-candidaturas do PSD, mencionando o governador paranaense Ratinho Junior, que, na sua avaliação, "tem condições de se apresentar para o Brasil inteiro". Kassab expressou esperança de que Eduardo Leite, do PSDB, se filie ao PSD, tornando-se outro pré-candidato relevante.
Perspectivas para o futuro
Ele concluiu que a falta de Tarcísio como candidato pode resultar em um aumento significativo no número de candidatos no primeiro turno: "Diante da posição do governador [Tarcísio] em continuar como governador, eu acho que existe uma tendência de o PSD, tem o governador Ratinho [Junior], tem agora que está chegando o Eduardo Leite, o MDB vai procurar ter o seu candidato, o PL o seu candidato, o [Romeu] Zema está se posicionando, [Ronaldo] Caiado se posicionando".
Considerações finais
A análise de Kassab reflete a complexidade do cenário político brasileiro e a luta contínua entre as diversas forças da direita. Com tantos nomes em potencial, o que se observa é uma preparação para um embate eleitoral que tende a ser dinâmico e multifacetado.