Escola em Tempo Integral, antigos CIEPS e os mesmos inimigos

É possível retornarmos a antigos vídeos e falas do velho Leonel Brizola defendendo sua tese de escolas para os dos pobres, atraia para si o ódio das elites e dizia; “as elites do Rio de Janeiro me odeiam porque criei para os filhos dos pobres os CIEPS, não é por outra coisa”.

Hoje, passadas décadas da morte do grande líder, Leonel de Moura Brizola, parte da elite política – não existe grupo político dominante que não seja tradicional ou de detentores do poder econômico – que estando fora do poder político que não grite contra as escolas em tempo integral. 

Assim esbravejam as oposições contra a inclusão de estudantes que vivem protegidos dentro das escolas da rede pública no sistema de Tempo Integral, livrando esses estudantes de estarem na vulnerabilidade de contatos com as drogas, vícios de outros tipos, contanto que se tornem presas fáceis para a casta dominante que vive da exploração dos jovens ociosos que a vida cria pelo abandono social.

As escolas em Tempo Integral preenchem o tempo da criançada com aulas lúdicas e alimentação saudável vinda da agricultura familiar que faz dessa cadeia de sustentação do homem do campo com mais uma porta aberta para a venda dos seus produtos, e cuja renda permanece dentro do município.

Para quem deseja o domínio dos jovens, grande parte do eleitorado atual, ver na escola em Tempo Integral crescendo como se o terreno, antes fértil para se transformar em massa de manobra, sendo retirado do oportunismo para a construção de uma escada para o retorno dessa oposição ao poder.

Eis o epicentro do ódio de parte da elite política que também deseja uma multidão de “subtrabalhadores” – neologismo – e de eleitores dominados pelas falsas ajudas substituindo o verdadeiro direito ao justo emprego por concurso público e estabilidade profissional.