Algumas pessoas atingem o poder sem apodrecer. Outras não.

Parte da literatura mundial antes embrenhada em bibliotecas, reflete e remete-se à história de figuras emblemáticas que marcaram época deixando odes sobre os seus feitos, vitórias e derrotas, porque ninguém é somente vencedor.

Porém, dentre tantos que chegam ao poder, alguns são contaminados pelo lado envolvente do poder, e pensam que podem tudo. E tudo ninguém pode. Sempre há de existir algo maior ou alguém superior.

E os que pensam que podem tudo, o enredo da vida os leva para o cadafalso aos seus pés quando os olhos miram o horizonte fazendo-os caírem em desgraça pelos seus próprios erros. É o começo da destruição da fama que se transforma em surpresa ante a uma população que validava o caráter e a dignidade dos errantes.

E é nesse momento que o poder transforma a figura em podre pedaço da cesta de maçãs, da qual dela deve ser jogada fora para não contaminar as outras. Quando também é nesse momento em que toda a sociedade silenciosamente enxerga o solitário desmoralizado, e passa a conhecer e reconhecer quem não apodreceu.