Porque uns podem e outros não?

Na lista já bem concorrida entre os apoiadores para deputado estadual, federal e senadores – são duas vagas – e até governador e presidente, está havendo uma chuva de aberturas para prefeitos apoiarem a alguns deputados federais, já que para deputado estadual a coisa fica mais fechada; em Coruripe o prefeito não há de abrir mão do voto para o candidato da família Beltrão seja ele quem for. Podendo até ser Rosiana Beltrão, nome leve e de fácil trânsito no meio político.

Em Penedo o prefeito Ronaldo Lopes também não abrirá mão do voto para estadual para Guilherme Lopes, que hoje já não é mais um desconhecido em Alagoas por estar como secretário executivo da saúde de onde atende a 102 municípios sem distinção, contudo com um olhar pátrio de pertencimento às suas raízes como faz todo político quanto à sua terra natal. 

Já para deputado federal, senadores – duas vagas repito – governador, que será uma guerra de “rouba bandeira”, e para presidente da república de onde vêm recursos por meio de emendas parlamentares para cada cidade, as coisas se estreitam na busca pela fidelidade eleitoral a quem ajuda aos senhores prefeitos, e em caso de estados, aos senhores governadores. Essa prática é centenária.

Portanto, os senhores vereadores por mais que tenham compromissos com os deputados federais e senadores aos quais estejam ligados por meio das emendas parlamentares, devem entender que emendas sem aceitação do prefeito não chegam. Pois a lei vigente é clara: a emenda segue para o município, e não e tão somente para o vereador. 

Mas, como é regra também da própria política, é dialogando que as partes se entendem. Até porque liberdade de expressão sem limites não existe, assim como liberdade que fere a princípios políticos é briga desnecessária. Afinal de contas, se em Penedo já existem mais de 40 mil eleitores, dividir proporcionalmente é lei natural. 

O que não se pode é ter divisões extracorpóreas.