Júri condena sogra e executor pela morte de Roberta Dias

Condenação dos Réus

O Tribunal do Júri condenou os réus pela morte de Roberta Dias. A sentença sai 13 anos após o assassinato. Roberta foi sequestrada em Penedo e levada para um local deserto, onde foi asfixiada com o fio de som de um carro.
A mãe da jovem levou 9 anos para encontrar a ossada da filha. Na época do assassinato, Roberta estava grávida.

Planejamento do Crime

Segundo as investigações, a mãe do namorado de Roberta teria planejado o crime para impedir o nascimento do bebê e contratou o amigo do filho para executar a jovem. O Tribunal do Júri condenou, nesta sexta-feira (25), Karlo Bruno Pereira e Mary Jane Araújo Santos pela morte da jovem Roberta Dias. Os dois foram sentenciados em julgamento que aconteceu no Fórum de Penedo. Ainda cabe recurso da decisão.

Penas Aplicadas

Mary Jane recebeu uma pena de 1 ano e 10 meses de reclusão. Ela foi condenada pelos crimes de ocultação de cadáver e corrupção de menores, cumprindo a pena em regime aberto. Karlo Bruno foi sentenciado a 15 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, já que os outros três crimes (ocultação de cadáver, corrupção de menores e aborto provocado por terceiro) já prescreveram. A sua pena será cumprida em regime fechado.

Histórico do Crime

Roberta Dias desapareceu em Penedo no início de 2012, após sair de casa para uma consulta médica. Ela foi sequestrada e levada para um local deserto, onde foi asfixiada com o fio de som de um carro e depois enterrada em uma cova rasa. A mãe de Roberta, Mônica Reis, levou 9 anos para encontrar a ossada da filha. Na época do assassinato, Roberta estava grávida do namorado Saulo de Thasso, filho de Mary Jane.

Confissões e Negativas

Segundo as investigações, a mãe de Saulo teria planejado o crime para impedir o nascimento do bebê e contratou Karlo Bruno, amigo do filho, para executar a jovem. A sogra de Roberta sempre afirmou que não sabia do plano para matar a namorada do filho. Karlo Bruno, que inicialmente negava, confirmou que matou Roberta Dias a pedido do amigo, Saulo de Thasso.
Durante a fase de instrução processual, Saulo negou a autoria do homicídio. Porém, durante o júri popular, ele admitiu o assassinato, alegando que agiu apenas com a ajuda de Karlo Bruno, e que a mãe não participou do plano. Ele tinha menos de 18 anos na época do crime e, por isso, não foi denunciado, tendo sido representado na Vara da Infância e da Juventude.