Coreia do Norte constrói seu maior navio de guerra
25/04/2025, 05:36:45
Construção da Fragata Norte-Coreana
A Coreia do Norte está construindo seu maior navio de guerra já registrado, de acordo com imagens de satélite recentes. As fotos, capturadas pelas empresas Maxar Technologies e Planet Labs, mostram a fragata em desenvolvimento no estaleiro de Nampo, situado a cerca de 60 km da capital Pyongyang.
O líder Kim Jong-un já havia visitado o local em 2023, e as imagens exibidas pela TV estatal KCTV revelaram que o navio é equipado com armamentos modernos, adequados para lançamento de mísseis.
A análise das imagens de satélite adquiridas no dia 21 de abril mostra a visão mais clara até aqui da maior embarcação de guerra da Coreia do Norte, a nova fragata guiada (FFG). A atividade observada sugere que a fragata pode ser finalizada ainda neste verão.
Detalhes da Fragata
Especialistas do Center for Strategic and International Studies (CSIS), Joseph Bermudez Jr. e Jennifer Jun, informam que a embarcação possui aproximadamente 140 metros de comprimento — mais que o dobro dos maiores navios atualmente na marinha norte-coreana. Além disso, acreditam que a fragata pode ter tubos verticais para mísseis, permitindo que ela alcance tanto alvos terrestres quanto marítimos.
A construção do navio ocorre em meio a investimentos massivos de Kim Jong-un para renovar as Forças Armadas do país. Um relatório de 2021 da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA) aponta que a Coreia do Norte possui cerca de 400 patrulheiros e 70 submarinos, sendo que a frota é considerada obsoleta pelas normas atuais.
Contexto Militar Regional
No mês de março, a agência estatal KCNA informou que Kim testou novos mísseis antiaéreos, os quais foram descritos como "um sistema de defesa com desempenho notável". Esses testes ocorreram após os exercícios militares "Freedom Shield", realizados pelos EUA e Coreia do Sul em março, focados em ameaças nucleares e químicas oriundas da Coreia do Norte.
Em resposta a essas tensões, Pyongyang disparou mísseis balísticos no Mar Amarelo em janeiro e testou mísseis de cruzeiro em fevereiro, classificados como uma forma de "contra-ataque" às pressões internacionais que o país vem enfrentando.