Collor: do sucesso político ao melancólico final de carreira
25/04/2025, 16:35:13Poucos serão os amigos a lhe visitar, e as únicas sinceras serão, esposa e filhas.

O ex-prefeito de Maceió, ex-deputado federal, ex-governador de Alagoas, ex-presidente da república e ex-senador da república, Fernando Collor de Mello, que descerrou as cortinas do sucesso político qual último prefeito de biônico de Maceió, e que percorreu os vários e mais altos cargos possíveis dentro da esfera política alagoana e nacional, encerra a sua carreira de maneira melancólica em uma cela de prisão.
Enquanto político das multidões que por onde passava arrastava a massa, viveu todo o glamour por entre cargos políticos, gozou do sucesso entre todos os níveis, do poder da política, da beleza física – candidato das mulheres – e entre os milionários quando do necessário refúgio no exterior após a queda em Brasília. Fernando Collor experimentou de tudo o quanto a vida pode proporcionar a um ser humano acima da vala dos comuns.
Foi símbolo do homem atlético – visto no imaginário dos homens como Super-Homem, e das mulheres como um sex symbol. Dito e escrito sobre isso na campanha para presidente da república. Collor se transformou em uma marca entre o sucesso e a derrocada. Entre as duas vidas nunca deixou de ser uma estrela para manchetes de jornais e redes de televisão.
“Envelhecente” como caminho a seguir, amarga a sua mais dura e difícil missão em vida: vê-se afastado da família, esposa e filhas, momento quem sabe da maior dor emocional dos seus setenta e cinco anos. Enquanto político de visão futurista merecia melhor final de carreira.
Enquanto intelectual que é, que a privação da liberdade lhe encaminhe para a imaginação fértil que lhe é natural, para escrever um livro sobre as mais duras provações que a vida política lhe causou. Do pensar sobre o poder e o quanto o poder é traiçoeiro por ser parte da raça humana.
Com tal, despeço-me da figura pública na qual votei, não pesar de ter errado, mas consciente de que, nos cargos pelos quais passou, impossível escapar dos "honestos" quando cercado dos urubus que coabitam a esfera política.