Reações à morte de Mario Vargas Llosa no Peru e fora

Reações à morte de Mario Vargas Llosa no Peru e fora

Mario Vargas Llosa: Um legando eterno

“Um gênio das letras” e “um mestre universal da palavra”. As reações à morte do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa se sucederam do Peru, onde foi decretado um dia de luto nacional, ao exterior.

Luto nacional no Peru

A presidente do Peru, Dina Boluarte, lamentou o falecimento e afirmou que “seu gênio intelectual e sua vastíssima obra permanecerão como um legado imperecível para as futuras gerações”. O governo peruano decretou “Luto Nacional no dia 14 de abril” e anunciou que posicionaria as bandeiras a meio mastro nas instituições públicas, segundo um Decreto Supremo divulgado à meia-noite.

O escritor peruano Alfredo Bryce Echenique, amigo de Vargas Llosa, afirmou que sua partida é “um luto para o Peru”. “Ninguém nos representou tanto quanto ele no mundo por sua obra em geral, sua teimosia, sua limpeza, sua enormidade”, acrescentou.

Reações da América Latina

O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, descreveu Vargas Llosa como “mestre da palavra, grande cronista da América Latina e intérprete exponencial de suas rotas e destinos”. Ele acrescentou que “sua profusa e profunda obra literária permanece como um enorme legado para a América Latina e o mundo”. “Mario Vargas Llosa faleceu, o mestre dos mestres. Nos deixa obra, admiração e exemplo. Nos deixa um rumo para o futuro”, escreveu no X o ex-mandatário colombiano Álvaro Uribe.

Reconhecimento dos Estados Unidos e Espanha

“Entristecido ao saber do falecimento do grande escritor e intelectual peruano Mario Vargas Llosa”, comentou na rede X o subsecretário de Estado americano, Christopher Landau, que destacou que “seus temas e interesses eram atemporais e universais, como foi reconhecido pelo seu Prêmio Nobel de Literatura”.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, descreveu Vargas Llosa como um “mestre universal da palavra”. “Meu agradecimento como leitor por uma obra imensa, por tantos livros essenciais para entender o nosso tempo. Em nome do Governo da Espanha, envio minhas condolências à família e amigos e à grande comunidade de leitores e leitoras em todo o mundo”, escreveu no X. O ministro da Cultura, Ernest Urtasun, destacou “um dos grandes nomes da literatura universal” durante uma entrevista televisiva. “Todos nós temos um livro de Vargas Llosa em nossas memórias de jovens leitores”, adicionou.

Homenagens internacionais

O presidente da França, Emmanuel Macron, prestou sua “homenagem” ao escritor, descrevendo-o como um “gênio das letras”. Vargas Llosa “pertenceu à França, através da Academia (Francesa), através de seu amor por nossa literatura (...) Com sua obra, ele opôs a liberdade ao fanatismo, a ironia aos dogmas, um ideal tenaz diante das tempestades do século”, escreveu ele no X.

A Fundação Gabo, criada pelo escritor Gabriel García Márquez, lamentou no X “a morte de Mario Vargas Llosa, mestre da narrativa em espanhol e figura fundamental da literatura latino-americana”. O autor peruano, que manteve uma estreita amizade com Gabriel, teve sua relação marcada por um episódio de desavença que ficou famoso e guardou mistério.

Pilar Reyes, diretora editorial da Divisão Literária da Penguin Random House e diretora editorial da Alfaguara, também reagiu à morte do autor. “É com infinita tristeza que recebemos a notícia da morte de Mario Vargas Llosa. Sua obra e seus pensamentos continuarão a nos iluminar. À sua família, minhas mais sinceras condolências. A Mario, toda a nossa gratidão por uma vida em que nos ajudou a ver mais longe”, escreveu no X.