Bem-dita democracia que permite quase tudo

O exercício do direito inclui respeitar o direito dos outros e não o pensamento estreito e agudo de quem pensa ter o direito só para si.

Bem-dita democracia que permite quase tudo

Em uma atrevida fala de um advogado diante dos senhores ministros do Supremo Tribunal Federal, o mesmo esbravejava dizendo que “vossas excelências são pessoas odiadas nesse país”, quando em réplica, a ministra Cármen Lúcia respondia com toda a elegância que lhe é peculiar que, “bem-dita democracia que permite que alguém que mesmo nos odiando pode por garantia dos próprios juízes vir e dizer a eles sobre isto que é a sua verdade, numa ditadura isso não seria permitido, porque nós sabemos que nem há judiciário independente, nem há advocacia livre, nem há cidadania com direitos”.

Essa representação do pleno direito deixa claro que a ninguém é dado o direito de pensar que o que pensa é o certo, ou que tem o direito de pela sua interpretação acabar com o direito de outrem. Até porque o exercício do pleno direito é pela democracia e não pela força seja ela armada ou não. 

Neste momento os senhores ministros da Suprema Corte não gozam dos seus melhores dias, no entanto foram eles que garantiram a democracia que estamos a viver contra uma tentativa de se militarizar o governo federal sem o apoio de uma população inteira, e mesmo que dividida já enxerga ditadores podem ser escolhidos pelo voto popular e ao assumir o governo fazer implantar uma autocracia, plutocracia que desagua numa ditadura.

Assista ao debate clicando no Link a seguir https://www.instagram.com/reel/DIU0ihCgNVj/?utm_source=ig_web_button_share_sheet e tire as suas próprias conclusões. 

Creditos: Professor Raul