Piaçabuçu e Rio Largo. Dois casos, e duas medidas diferentes da justiça

Não é mera coincidência que fatos com diferentes conotações tragam para si reflexões sobre o judiciário. Principalmente dentro da política. Desde o caso Lula com prisão e “desprisão”, aos casos mais recentes nas prefeituras de Piaçabuçu e Rio Largo.

O caso Lula todo mundo tá careca de saber. Dispensa comentários.

Já o de Piaçabuçu requer muito cuidado por ser uma ação da Justiça Eleitoral com juntada de provas e análise embasada em tomada de decisão do Supremo Tribunal Federal – STF – quanto à tipificação do crime eleitoral cometido com abuso de poder econômico. E para Piaçabuçu foi a própria Justiça Eleitoral por meio do Juiz Eleitoral Lucas Lopes Dória Ferreira que acolheu a denúncia feita por outro candidato. Rymes Lessa e Carlos Ronalsa continuam nos cargos até o trânsito e julgado. Mas será a justiça julgando a o judiciário.

Em Rio Largo existe uma denúncia de uma carta assinada pelo atual prefeito e seu vice, ambos renunciando aos cargos de prefeito e vice com registro em Cartório, contudo já sob suspeita de fraude da documentação entregue pelo presidente da câmara de vereadores do município. E a crise se ampliou ainda mais com a exoneração do ex-secretário Gilberto Gonçalves – ex-prefeito de Rio Largo – reconhecidamente homem de pavio curto. 

Como os dois casos estão na justiça, e ela por meio dos seus membros deverá julgar as procedentes denúncias, aguarda-se que pelo menos a tomada de posição da justiça não seja contra um dos seus membros.