Filha ateia fogo em casa após morte da mãe em Maceió

Filha ateia fogo em casa após morte da mãe em Maceió

Um ato de desespero e raiva


Claudiane Maria teve 70% do corpo queimado. Ela passou semanas internada no HGE e teve óbito confirmado na terça-feira (25).

Claudiane Maria Joventino dos Santos foi vítima de um crime brutal em Maceió, onde teve 70% do corpo queimado pelo companheiro. Após semanas de internação no Hospital Geral do Estado (HGE), sua morte foi confirmada na noite de segunda-feira (25). A filha dela, Anny Lavínia, em um momento de desespero, ateou fogo na casa do principal suspeito do crime, o padrasto.

De acordo com Anny, o ato foi motivado pela indignação e revolta que sentiu após receber a notícia da morte de sua mãe. "Fiz isso em um momento de raiva, não mexi em nada de ninguém. Ela foi agredida várias vezes por ele, e ela tentou se separar dele várias vezes", relatou a jovem.

Violência e abusos


Claudiane enfrentou uma vida marcada pelo abuso. Desde o acidente que resultou em suas queimaduras graves, a filha manifestou seu descontentamento com a situação da mãe. Anny revelou que o padrasto jogou álcool sobre Claudiane antes de colocar fogo nela e a manteve presa em casa por mais de 24 horas. "Mãe, você foi uma guerreira e lutou até o último minuto. Não sei como vai ser a minha vida sem a senhora", disse a filha em uma postagem nas redes sociais.

Justiça e medidas protetivas


O responsável pela tragédia, Eraldo Delfino, foi preso uma semana após o ataque. Claudiane havia relatado à Polícia Militar que era frequentemente ameaçada e agredida, e existia uma medida protetiva que deveria evitar tal violência. Infelizmente, as medidas não foram suficientes para proteger sua vida.

A história de Claudiane Maria Joventino dos Santos é um triste exemplo da realidade enfrentada por muitas mulheres que vivem em relacionamentos abusivos. É fundamental que a sociedade se una para combater a violência de gênero, garantindo que as vítimas possam buscar ajuda e suporte sem medo.

Uma chamada à ação


Este incidente lamentável deve nos inspirar a promover diálogos sobre a violência contra as mulheres e a necessidade de proteção eficaz. Você pode fazer a diferença — compartilhe esta história e ajude a aumentar a conscientização sobre o tema. Se você ou alguém que você conhece está passando por uma situação semelhante, busque apoio por meio de instituições de assistência.