Alagoas registra mais de 2,6 mil erros na saúde

Alagoas registra mais de 2,6 mil erros na saúde

Alagoas registra mais de 2,6 mil erros na assistência à saúde

Dados analisados são do período de 2023 a 2024. Estudo foi divulgado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).

Em um ano, Alagoas registrou mais de 2,6 mil erros na assistência à saúde privada e pública devido a acidentes ou à negligência profissional. A pesquisa revelou como a administração incorreta de medicamentos e a realização de cirurgias em locais equivocados resultaram na morte de pacientes atendidos na rede pública e privada do estado. A falha de assistência à saúde foi a principal causa de morte entre esses pacientes, com 32 óbitos registrados.

De acordo com o estudo, os erros mais comuns notificados em Alagoas nesse período foram: falhas de medicação, infecções (especialmente em ambientes de UTI), identificação incorreta de pacientes, atrasos na assistência e falhas na comunicação em transferências internas.

Gilvane Lolato, gerente da ONA, destacou que a implementação de medidas de segurança pode reduzir esses erros e até evitar óbitos. "As falhas ocorrem durante o cuidado prestado ao paciente, podendo ser erro de medicação, omissão de cuidados ou infecções hospitalares evitáveis. Muitas dessas falhas são evitáveis e estão associadas à ausência de protocolos seguros". Lolato ainda mencionou que as instituições devem adotar processos de acreditação para garantir padrões de segurança mais rigorosos.

No Brasil, a ONA é responsável por estabelecer padrões de qualidade dos serviços prestados pelas instituições. Atualmente, Alagoas conta com apenas 11 instituições acreditadas, um número que pode variar. Em todo o Brasil, de mais de 380 mil organizações de saúde registradas, apenas 1.932 estão acreditadas.

Em Alagoas, certos casos de erro médico ganharam repercussão. Em Maceió, por exemplo, mais de 20 mulheres denunciaram um cirurgião plástico por procedimentos malfeitos. Além disso, um caso ocorrido no Hospital Geral do Estado (HGE) resultou na amputação da perna de uma idosa que deveria ter sido submetida a uma cirurgia para correção de uma fratura no tornozelo. A equipe médica envolvida foi afastada.

Infelizmente, em 2023, uma mãe denunciou negligência médica após a morte de sua filha de apenas 1 ano e 2 meses na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Benedito Bentes, onde as falhas no atendimento levaram à tragédia.