Tarcísio critica denúncia da PGR contra Bolsonaro

Tarcísio critica denúncia da PGR contra Bolsonaro

Tarcísio de Freitas se posiciona sobre denúncia da PGR

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) teceu críticas à denúncia que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de articular um golpe de estado. Para Tarcísio, “não faz sentido nenhum, é uma forçação de barra, o que você tem hoje é uma questão de revanchismo”.

Evidências levantadas

O ex-presidente está sendo acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR) de diversos crimes, entre eles a tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa. As penas somadas para esses crimes podem ultrapassar 43 anos de prisão, além de possíveis implicações para a elegibilidade de Bolsonaro, que já enfrenta condenações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Documentação e depoimentos corroboram a denúncia

De acordo com as 272 páginas da denúncia, existem evidências robustas que se relacionam aos eventos marcados pela chamada "minuta do golpe" e as ações de Bolsonaro e seus aliados contra as urnas eletrônicas, sem que houvesse provas de fraudes. Documentos e depoimentos, incluindo os de ex-comandantes das Forças Armadas, como Freire Gomes e Baptista Junior, reforçam a gravidade das acusações.

Declarações de Tarcísio

Tarcísio afirmou também que ouviu os áudios que foram obtidos pela Polícia Federal e, segundo ele, “nada que é apresentado mostra uma conexão”. As declarações do governador foram feitas durante um evento em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde ele entregou uma nova praça à população.

Contexto da denúncia

No cerne da denúncia estão documentos que supostamente pretendiam sacramentar uma ruptura institucional para barrar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, o que indica um movimento claro para desestabilizar o processo democrático. Além disso, o próprio Bolsonaro fez menções a propostas de ações legais que, em sua perspectiva, poderiam ser justificadas por instâncias como o Congresso Nacional.

O uso de estados de defesa e de sítio, conforme o ex-presidente, poderia ser legitimado caso fosse discutido e aceito pelas instituições adequadas, porém, essas opções estão previstas na legislação apenas para situações extremamente excepcionais, como guerras ou graves convulsões sociais.