Trump afirma que Musk precisa de aprovação para agir

Declarações de Trump sobre Elon Musk

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Elon Musk não tem autonomia para tomar decisões sem a aprovação do restante do governo. Na última segunda-feira (3), o renomado empresário e assessor do governo mencionou a possibilidade de fechar a Usaid, a agência responsável por ações assistenciais dos EUA no exterior.

Trump enfatizou que, embora Musk possa identificar problemas relacionados aos gastos, ele não tem autoridade para congelar pagamentos de maneira unilateral. "Ele só tem permissão para deixar ir pessoas que ele acha que não são boas, se concordarmos com ele", comentou Trump.

Além disso, o presidente destacou que Musk identificou um "desperdício tremendo" nos gastos do governo, ressaltando que "Elon não pode fazer e não fará nada sem nossa aprovação, e nós daremos a ele a aprovação quando for apropriado. Quando não for apropriado, não faremos."

A atuação de Elon Musk e a Usaid

Musk está à frente do DOGE, um departamento criado com a finalidade de reduzir gastos. Trump explicou que a formação desse grupo teve como objetivo "desmantelar a burocracia governamental, cortar regulamentações excessivas, economizar gastos desnecessários e reestruturar as agências federais". Embora tenha esse nome, o DOGE não funciona como uma agência oficial dentro do governo federal, mas sim como uma comissão externa.

Anteriormente, Musk havia dito que Trump havia autorizado o fechamento da Usaid. Em uma interação no X, Musk afirmou ter discutido com o presidente sobre o futuro da agência e que ambos concordaram sobre a necessidade de encerrá-la, qualificando-a como um "ninho de vermes".

Trump, por sua vez, acusou a Usaid de ser administrada "por um banco de lunáticos radicais", prometendo retirar esses funcionários do governo. No entanto, desde a madrugada daquela segunda-feira, o site da Usaid está fora do ar e sua página no X foi desativada.

Repercussões e reações

O fechamento abrupto da agência levantou preocupações sobre os direitos de milhões de pessoas ao redor do mundo. Paul O'Brien, diretor-executivo da Anistia Internacional, afirmou: "Um colapso abrupto da agência colocaria os direitos de milhões de pessoas ao redor do mundo em maior risco como resultado. O que desmantelar a Usaid não faz é tornar ninguém mais seguro ou mais próspero. O Congresso deve intervir imediatamente para desafiar isso."

Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, assumiu interinamente a liderança da Usaid, explicando que a agência não tinha respondido a questionamentos e que "esse nível de insubordinação torna impossível conduzir um tipo de revisão séria".