Em política troca-troca de partidos ou de lado sempre ferem aos antigos

Uma regra das mais defendidas pelos políticos, mas nem sempre pela política, é da troca-troca de partidos ou de lado. Mas as razões por vezes justificam os fatos.

Em primeira análise, duas fontes devem ser analisadas: o tamanho da densidade eleitoral trazida pelo novo aliado ou aliada, e não sendo esse fato o fator decisivo, o tamanho do estrago feito no outro lado. Em raríssimos casos chegando às duas fontes.

Sendo preciso e exato, em Penedo nas eleições de 2024 Valdinho Monteiro foi parte dessas análises e pelo somatório das fontes, a vinda de Monteiro para os Lopes foi xeque-mate na oposição. Depois desse fato anunciado, comprovado e constatado, o bloco dos bêbados caiu na real, e enveredou pela Gaiola das Loucas. Se fosse uma mesa de três pés, teriam arrancado um deles. E pode ter sido qualquer um deles. A mesa entra em total desequilíbrio.

Claro que não foi só a saída do Valdinho Monteiro que desmontou a Casa do Frankenstein, algumas outras peças deixaram vazios no tabuleiro do xadrez político da oposição e vieram por gravidade pela autoconfiança e soberba do Bar Recanto dos Solitários, e isso foi metade, (50%), do insucesso da campanha do bloco dos bêbados. Empurrar bêbados ladeira abaixo até o vento consegue.

Mas em política todo gesto traz afagos e arranhões. Afagos para os novos embarcados na nau da vitória, e arranhões em quem remou quando os ventos estavam fracos. E isso é perfeitamente compreensível. Quem fez calos nas mãos não aceita luvas para os recém-chegados.

Essa é uma janela aberta para nas noites escuras podendo morcegos entrarem e pássaros canoros voarem. E não adianta se pensar que eles não sabem mais sobreviver em meio à floresta, quem aprende a andar de bicicleta sempre consegue participar de novas corridas.