O legado sombrio do bolsonarismo e os malefícios deixados ao país

Recentemente, o Brasil assistiu a uma série de eventos alarmantes que revelam a profundidade da crise política e social gerada pelo bolsonarismo. O que antes era visto como uma herança problemática — terrorismo, ataques à democracia e outras mazelas — agora se transforma em uma realidade ainda mais aterradora.

Nos últimos dias, a sociedade brasileira ficou estupefata com a descoberta de um plano macabro que visava assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o à época presidente do STF, Alexandre de Moraes. A operação da Polícia Federal, que resultou na prisão de quatro militares de alta patente e um policial federal, jogou luz sobre uma conspiração orquestrada na residência do General Braga Neto, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro. O plano, batizado de "punhal verde e amarelo", revela a intenção de eliminar figuras públicas em tela, em uma tentativa desesperada de manter Bolsonaro no poder, mesmo após sua derrota nas urnas.

Esses eventos não são meramente incidentes isolados; eles representam uma continuidade da radicalização que floresceu durante o governo Bolsonaro. O autoproclamado "patriota" que tentou explodir o prédio do STF, e se suicidou em nome de uma ideologia distorcida são apenas a ponta do iceberg de um movimento que se recusa a aceitar a legitimidade do processo democrático.

A conivência de Bolsonaro com esses planos de violência política não pode ser ignorada. É imperativo que as instituições brasileiras, em sua totalidade, cumpram seu dever de justiça e punam severamente aqueles que tentam instaurar um clima de terror para perpetuar um regime de medo e autoritarismo. A farda de alguns e a imunidade parlamentar de outros não devem servir como escudo para a impunidade de ações que ameaçam a segurança e a democracia do país.

Em um artigo anterior, alertei que o Brasil precisava acabar com o bolsonarismo antes que o bolsonarismo acabasse com o país. Hoje, a realidade desse alerta se torna cada vez mais evidente. O tempo é crucial para que a sociedade brasileira reaja e reafirme seu compromisso com a democracia, antes que seja tarde demais.