A coleta de lixo e a responsabilidade coletiva

A insatisfação com os serviços de coleta e limpeza urbana revela uma verdade incomoda: a falta de consciência ambiental do próprio cidadão.

A coleta de lixo e a responsabilidade coletiva

A questão do lixo é uma constante na pauta dos programas jornalísticos em Penedo. Independentemente de quem esteja à frente da administração pública, as reclamações sobre coleta, pontos de lixo, varrição das ruas e poda de árvores são unânimes. Para muitos, o serviço público é o grande vilão que falha em sua obrigação de manter a cidade limpa e organizada. No entanto, ao analisar mais de perto essa situação, percebe-se que a responsabilidade vai além dos gestores e se estende à própria população.

A realidade é que muitos cidadãos descartam resíduos em locais inadequados, colocando o lixo fora do horário estipulado ou em dias em que não há coleta. Além disso, a falta de cuidado ao acondicionar os materiais é uma prática comum que agrava ainda mais a situação. Essa postura gera um ciclo vicioso de insatisfação: o cidadão reclama da sujeira e dos problemas causados pelo descarte incorreto, mas ignora seu próprio papel nesse contexto.

É importante destacar que existem exceções, e muitos cidadãos cumprem com suas obrigações de forma exemplar. Contudo, a grande maioria parece não levar a sério as regras estabelecidas para a coleta de lixo. Essa falta de consciência ambiental e responsabilidade coletiva resulta em um acúmulo de problemas que afetam a qualidade de vida de todos.

A solução para o problema do lixo em Penedo e em outras cidades não está apenas nas mãos da administração pública. É necessário um esforço conjunto entre autoridades e cidadãos para promover uma mudança de comportamento. Apesar das campanhas de conscientização e educação ambiental que  ajudam e alertam a população para a importância de descartar o lixo corretamente e respeitar as normas de coleta, o cidadão ainda acha que a responsabilidade é apenas do serviço público.

Na verdade,  a responsabilidade pelo lixo é, sem dúvida, uma questão coletiva, e não adianta querer apontar o dedo para quem menos tem culpa.

Creditos: Professor Fábio Andrey