Se 2026 for xerox de 2024, governador e senadores serão eleitos pelas bases

JHC tem dois anos para se transformar de prefeito de Maceió, para um político muito maior aos olhos dos alagoanos. E não dos maceioenses.

Se 2026 for xerox de 2024, governador e senadores serão eleitos pelas bases

Não adianta tentar confundir uma população em se falando que os partidos foram os grandes protagonistas dos resultados das runas em 2024. Eleitor não vota em partido. Vota em nomes e históricos.

E baseando-se na aceitação dos reeleitos por mais de 70% dos votos, algo de novo entrou no radar da população, e isso foi o reconhecimento do trabalho dos reeleitos, e o retorno dos foram lembrados pelo que fizeram em passado próximo, aliando-se ao desgaste de quem estava à frente das prefeituras devolvidas às velhas lideranças.

Já em relação à eleição para governador, os indicativos são claros: JHC começa a sua pré-campanha com pesquisas localizadas no entorno de Maceió que está contaminado pela aprovação dos maceioenses ao prefeito da capital eleito com 81% do eleitorado. Duas explicações fundamentadas: rejeição ao grupo dos Calheiros – fato recorrente e natural – e a facilidade ao enfrentar um nome novo e sem capilaridade política. O eleitor queria JHC e juntou a fome com a vontade de comer.

Mas o entorno de Maceió é muito pouco diante do restante da maioria absoluta dos demais municípios alagoanos dominados por Calheiros e Lira. O trabalho da equipe de marketing tem que ser de um Joseph Goebbels, chefe da propaganda nazista – de Hitler –, comparação feita apenas pela obrigatoriedade de transformar um renomado político da capital, em bastante conhecido nos municípios que mal o conhecem.

E para as duas vagas para o senado, que diga-se de passagem, que tudo depende daí. Será onde Lira e Calheiros, ou Calheiros e Lira terão que optar pela disputa ferrenha no estado, ou pela Paz Entre Homens de Boa Vontade. 

O governador será o ovo cozido nessa frigideira de Brasília. Se fritarem, a disputa tomará gosto de fel para quem menos pode. 

Creditos: Raul Rodrigues