A política e a moderação

É nos momentos de crise que se descobrem os verdadeiros amigos, aliados ou interesseiros. Muito embora a política seja por interesses. Mas com prudência e respeito.

A política e a moderação

A moderação é o ato de diminuir ou eliminar extremos, com o objetivo de garantir a normalidade de um ambiente, e dentro da política praticada pelos sábios, o melhor caminho para quebrar arestas é construir pontes.

As insatisfações na política e da classe política são momentos normais durante mandatos de quatro anos, ou em mandatos consecutivos. O poder traz consigo duas grandes falhas: ser envolvente e por isso mesmo contamina ao político com a pertinência de ele ser o poder, e segunda, prima-irmã do envolver, que é a vaidade. E isso envolve as duas partes; quem é executivo ou os parlamentares que sentem o gosto de poder desafiar o poder.

Segundo William Shakespeare, entre o Rei e os Súditos a distância não pode ser aumentada nem reduzida, pois a hierarquia é uma das fontes do equilíbrio do poder. E quem perde o senso da hierarquia gera crise de autoridade, e crise de autoridade só se resolve com o fim do motim. E todo ele tem um pensador ou líder.

O político moderador aceita conversar sobre as insatisfações de dentro do governo na busca das soluções que sempre estão dentro das limitações momentâneas impostas por motivos superiores. E é com base nesse diálogo que o parlamento tem origem, no falar. 

A história nos conta em toda a sua extensa longevidade que o confronto entre poderes sempre termina com mortos e feridos. Já com diálogo e moderação tudo se resolve em sintonia e harmonia.

E, sem nem dos lados perder a sua autoridade.     

Creditos: Raul Rodrigues