A dialética política e o posicionamento de direita e esquerda. Por Fábio Andrey

Reflexões sobre a ideologia política e as palavras do presidente Lula sobre Jesus Cristo

A dialética política e o posicionamento de direita  e esquerda. Por Fábio Andrey

Como bom rádio ouvinte, "bato ponto" todas as manhãs ao lado do meu radinho de pilha. Começo às 6 horas com o Programa do João Lucas, depois, ao começar o expediente, me aposso do knob e mudo de estação, dando prioridade ao programa Lance Livre, enveredando pelo Penedo Real até o meio-dia.

Hoje, ao ouvir o programa do João Lucas, uma notícia chamou minha atenção: o presidente Lula comentou que Jesus Cristo tinha sido "muito de esquerda", referindo-se ao seu posicionamento ideológico. Essa afirmação, embora provocativa, levanta uma questão fundamental: o que realmente significa ser de direita ou de esquerda na política?

É comum ver pessoas se posicionando ideologicamente, muitas vezes sem uma compreensão clara do que isso implica. Para esclarecer, os termos "direita" e "esquerda" na política surgiram durante a Revolução Francesa, em 1789. Naquela época, os nobres, que viviam do sacrifício do povo e dos altos impostos, sentavam-se à direita, enquanto os trabalhadores, sobrecarregados e marginalizados, ocupavam a esquerda.

A direita, representada pelos ricos, defendia a manutenção de seu status, valorizando tradições que, muitas vezes, custavam a dignidade da população. Em contrapartida, a esquerda, composta pela classe trabalhadora, lutava por igualdade social e econômica, buscando garantir direitos por meio da intervenção do Estado e da proteção social. Essa dinâmica representa uma luta entre aqueles que desejam preservar sua boa vida e aqueles que aspiram a melhorias sociais, numa visão progressista.

Nesse contexto, as declarações de Lula sobre Jesus Cristo refletem uma visão de que, ao longo de sua vida, o Messias defendeu os menos favorecidos, pregando a igualdade. É alarmante observar trabalhadores que, mesmo conhecendo essa narrativa histórica, ainda assim defendem políticos de direita.

O impacto dessa ideologia pode ser sentido de maneira aguda, como evidenciado pelos quatro anos de desgoverno Bolsonaro, onde a classe trabalhadora enfrentou sacrifícios, humilhações e um aumento alarmante do desemprego e da fome, que afligia 33 milhões de brasileiros. Enquanto isso, o governo se vangloriava por iniciativas como a isenção de impostos para a importação de jet-skis e lanchas de passeio.

Assim, refletir sobre essas questões não apenas nos ajuda a entender o passado, mas também a moldar o futuro político do nosso país. É fundamental que a população se informe e questione, para que possa fazer escolhas conscientes e lutar por um mundo mais justo e igualitário.

Creditos: Professor Fábio Andrey