Tirar o Brasil da lista das mortes é meta da CPI, mas de imediato será investigar falhas.

Muito se fala que governadores e prefeitos seriam também culpados pela não compra das vacinas. Mas eles podiam?

Tirar o Brasil da lista das mortes é meta da CPI, mas de imediato será investigar falhas.

Depois de instalada, a CPI da Pandemia, que tem como presidente o senador Omar Aziz do PSD do Amazonas, vice-presidente o senador Randolfe Rodrigues da Rede do Amapá, e o senador Renan Calheiros do MDB de Alagoas, como relator, os primeiros passos foram dados com os discursos de cada membro, sendo o mais demorado, o de Renan Calheiros o mais questionado dos nomes. Inclusive na justiça.

Durante os discursos os três principais membros foram objetivos ao tocarem nos pontos principais: o que deve ser feito pelos membros da CPI para se detectar os porquês das falhas que impediram um avanço no combate à pandemia, ouvir um a um, aos senhores ministros da saúde, e por fim, se chegar se existem culpados pelo número de mortos no Brasil.

Vídeo da fala do relator.

Obviamente que não se pode de maneira nenhuma se direcionar a CPI como a “caça as bruxas”, muito embora existam fatos incontestáveis por ampla divulgação nas mídias, como o negacionismo, a nunca explicada decisão para não se comprar vacinas a tempo de se tentar salvar vidas, e as campanhas nas redes sociais que criaram uma forte corrente de pessoas decididas a não se vacinarem. Isto pode ser comprometedor.

Calheiros se disse um defensor do relatório consensual e não monocrático, que o andamento da CPI transcorra sem partidarização, e que apenas os fatos apurados sejam levados a quem de direito para análise ou julgamento. Omissão é dos deles.

Também foi um fato incomum a votação final dos eleitos sendo Omar Aziz o vencedor com oito votos a três, quando por certo, a votação teria lógica para sete a quatro. Pois a ala governista tinha quatro senadores, e ala independente com mesclas de oposição tinha apenas sete votos. Ossos do ofício. Coisas da política.

Randolfe Rodrigues disse que a missão da CPI é corrigir as possíveis falhas que eventualmente tenham contribuído para a catástrofe de mortes, e que também sejam analisadas as possibilidades das vidas que poderiam ter sido salvas. E isto é de fato uma obrigação dos senhores membros da CPI.

Omar Aziz disse da intenção de todos os membros terem direitos iguais durante todo o processo da CPI, e a Comissão não está instalada para se omitir ou deixar de lado a culpados. Todos serão responsabilizados pelos atos. Afinal foram milhares de vidas – quase meio milhão – de brasileiros(as) que foram ceifadas pelo Coronavírus.

E como bem determinou Renan Calheiros, a luta da CPI será em defesa da vida, se utilizando para isto a ciência, os técnicos e a tecnologia, a verdade e não a mentira, e que se existirem culpados, que os mesmos sejam levados a quem de direito.

Leia abaixo os primeiros passos a serem seguidos pela CPI.

Creditos: Raul Rodrigues