Tempos atuais: tempos de conflitos entre gerações entre o bom e o que não presta.

Os filhos ou filhas atuais querem apenas viver. O resto vem sob a responsabilidade de pais e mães. Fim das gerações normais.

Tempos atuais: tempos de conflitos entre gerações entre o bom e o que não presta.

Temos observado que os tempos atuais estão marcados por um grande conflito de gerações e de maneira mais grave ainda, pelo medo que toma conta de pais e mães sobre o futuro dos filhos e filhas. É a Guerra entre o saudosismo que deu certo na formação das gerações de até os anos 90 com respeito a regras, respeito aos mais velhos e pela condução de uma sociedade mais justa e solidária para com o próximo.

O saudosismo está engastado nas músicas de excelente qualidade com letras edificantes e que faziam pensar a uma geração de estudantes que queriam ir às escolas para aprenderem e crescer na vida pessoal e profissional. O saudosismo também nos faz enveredar pelas coisas mais simples como o respeito aos mais velhos pelas suas experiências comprovadas do saber acadêmico ou empírico, sabedoria adquirida pelas passagens das suas vidas e as situações vivenciadas que terminam por se repetirem.

Saudosismo, pois é assim que chamam, por coisas boas quando a escola era a fonte de aprendizagem e não um depósito de adolescentes revoltados que são colocados lá para entre muros permanecerem um tempo – um horário ou dois – ao tempo em que os pais trabalham para suprirem as condições socioeconômicas da família. Sim, no passado isso também era assim, mas não com as características do tempo atual, no qual as crianças dizem odiar à escola, professores e diretores.

O tempo atual está marcado na geração presente pelo uso indiscriminado da tecnologia que abre portas para o que é bom, e muito mais para o que desvia os adolescentes e até os pré-adultos para caminhos da discórdia e do enfrentamento com pais e mães em defesa do que lhe pregam os influencies digitais com seus vocabulários chulos – repletos de palavrões – e que em nada acrescentam de sabedoria ou conhecimento edificante. Perdemos os bons referenciais em troca do que cria o vazio.

Perdemos o amplo sentido de família pela falta de contato dos filhos e filhas dentro do ambiente familiar quando os mesmos preferem e assim agem, se trancando em seus quartos de posse de aparelhos eletroeletrônicos – celulares, tablets, notebooks ou computadores com os quais se comunicam com o mundo e suas infinitas oportunidades com o encontro do bem ou do mau. E os pais e mães impotentes diante da falta de diálogo tão presentes em nossas mesas do café da manhã, do almoço e do jantar. As famílias estão sendo destruídas.

A liberdade tão desejada pelos jovens e adolescentes dos tempos atuais está sendo conquistada pela extrema rebeldia e não pela lei natural entre o tempo e o conhecimento tão comuns nos anos 90 e para trás. E os senhores e senhoras sabem que isto é verdade.

Criamos ou permitimos a criação da geração nuclear – filhos e filhas que foram estudar nas capitais para melhor formação profissional –, e daí por diante perdemos o controle dos nossos próprios filhos ou filhas. Alguns ou todos pela conquista do sexo sem limites, um desejo natural do corpo, mas que sem o acompanhamento de pais e mães trouxeram e continuam trazendo as famílias desgarradas com uma chamada produção independente cujos avós estão protagonizando o papel da criação. A distância entre pais e filhos está abismal.

E aí nos deparamos com eterno conflito entre o que os pais que sabem que estão certos, e as aventuras tão próprias das gerações atuais cujas consequências somente recaem sobre os ombros de pais e avós.

 

A geração zumbi está aí e muitas ainda estão por vir.

Creditos: Raul Rodrigues