Sergio Moro: o custo de uma decisão para o resto de uma vida.

Ministros do Supremo Tribunal Federal condenariam Jesus a que pena?

Sergio Moro: o custo de uma decisão para o resto de uma vida.

Artigo parte de um leigo em Direito, portanto baseado na celebre de Rui Barbosa a justiça, cega para um dos dois lados, já não é justiça. Cumpre que enxergue por igual à direita e à esquerda” não consigo absorver nem entender como os mais capacitados juristas do Brasil, os ministros do supremo tribunal federal, demoraram tanto tempo para se pronunciarem sobre a improcedência do julgamento do juiz Sergio Moro por não ser o Foro competente para julgar após toda a coleta de provas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Justiça do Paraná, como também julgá-lo como um juiz parcial.

Também não consigo conceber que as várias instâncias que deram parecer ou julgaram ao mesmo processo e réu, tenham todas elas parciais e incompetentes para emitirem os seus pareceres ou decisões. E se a justiça tiver que ser feita que julgue também parciais e de Foro incompetente para terem dado todas as demais decisões.

Na qualidade de leigo apenas bebo do saber dos juristas que opinam de maneira contrária ao dito pelo senhor Edson Fachin que não somente anula provas ferindo de morte a todo o processo como também irá tornar obrigatória a devolução de todo o dinheiro arrecadado através dos senhores delatores que de comum acordo devolveram alguns bilhões de reais aos cofres públicos. Será um desserviço ao país, e um ato solidário a quem assaltou ao Brasil.

E ainda na qualidade de leigo fico a me perguntar se é verdade que algumas ministras da suprema corte mudem de opinião tão rapidamente sobre um escândalo mundial do tamanho da Operação Lava Jato. A dúvida que me cria é por entender como são volúveis determinadas autoridades.

Vejam a opinião do próprio ex-juiz Sergio Moro:

O ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Lava-Jato, Sergio Moro, afirmou que tem "absoluta tranquilidade” sobre suas decisões na operação de combate à corrupção, inclusive aquelas que incluem o ex-presidente Lula.

“Apesar da decisão da segunda turma do STF, tenho absoluta tranquilidade em relação aos acertos das minhas decisões, todas fundamentadas, nos processos judiciais, inclusive quanto aqueles que tinham como acusado o ex-Presidente”, escreveu ele em nota sobre o julgamento de ontem do Supremo Tribunal Federal (STF). Por 3 votos a 2, a Segunta Turma da corte o considerou parcial na ação do triplex do Guarujá que condenou o petista.

Segundo Moro, todos os acusados foram tratados nos processos e julgamentos “com o devido respeito, com imparcialidade e sem qualquer animosidade da minha parte, como juiz do caso”.

O ex-ministro destacou sua preocupação com o retrocesso no combate à corrupção.“O Brasil não pode retroceder e destruir o passado recente de combate à corrupção e à impunidade e pelo qual foi elogiado internacionalmente. A preocupação deve ser com o presente e com o futuro para aprimorar os mecanismos de prevenção e combate à corrupção e com isto construir um país melhor e mais justo para todos.”

“O ex-presidente só teve a prisão ordenada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em 2018, após ter habeas corpus denegado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal”, escreveu na nota.

A Operação Lava-Jato, declarou Moro, “foi um marco no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro no Brasil e, de certo modo, em outros países, especialmente da América Latina, colocando fim à generalizada impunidade destes crimes”. O ex-juiz aponta que mais de R$ 4 bilhões pagos em subornos foram recuperados aos cofres públicos e quase duas centenas de pessoas condenadas por corrupção e lavagem de dinheiro. 

 

Não se deixem enganar pelos cabelos brancos, pois os canalhas também envelhecem.” Rui Barbosa.

 

 

 

Creditos: Raul Rodrigues